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Campo

Dentro de uma área de meio hectare, localizada no entorno de Palmas, Genivaldo de Sousa Santos, cultiva alface, cebolinha, rúcula, couve e coentro. Tudo que é produzido na pequena propriedade já tem destino certo; as feiras livres e supermercados da Capital. “Estou no ramo há quatro anos, daqui retiro o sustento da minha família e gero mais dois empregos diretos, com uma renda de aproximadamente sete salários mínimos por mês”, fala o produtor.

Assim como Genivaldo de Sousa, no Tocantins são mais de 970 produtores de hortaliças folhosas, que nos chamados cinturões verdes, movimentam R$ 42 milhões de reais por ano e ainda são responsáveis pela geração de cerca de dois mil postos de trabalhos diretos e mais de cinco mil indiretos.

Evolução

Um mercado que não pára de crescer, não só pelo aumento da população do Estado, mas também estimulado pela mudança no hábito alimentar da maioria das pessoas.

De acordo com o Diretor de Desenvolvimento Rural do Ruraltins, Valdivino Fraga, o segmento tem registrado um crescimento considerável, tornando o Tocantins auto – suficiente na produção de hortaliças folhosas.

“Em 2008 a área plantada no Estado era de 185 hectares, no ano seguinte subiu para 385ha e em 2010 chegou a 397ha, um aumento em média de 20% ao ano”, explica o diretor. Neste contexto as cidades de Palmas, Gurupi, Araguaina, Porto Nacional e Paraiso são as maiores produtoras de hortaliças, grande parte são comercializadas diretamente nos supermercados e feiras livres.

Incentivos

Para manter o ritmo dessa evolução o Governo Estado investe no atendimento ao agricultor. O Programa Quintal Verde é um dos bons exemplos de incentivo ao cultivo das hortaliças folhosas. Ao todo mais de 70 mil pessoas são beneficiadas, graças a implantação de hortas, entre escolares, caseiras e comunitárias, além da assistência técnica gratuita proporcionada pelos profissionais do Ruraltins.

Novas tecnologias

Além do plantio tradicional, a aposta em novas tecnologias também apresenta bons resultados.
Há seis anos, Rogério Maturano Cortazio, veio do Rio de Janeiro e investiu no cultivo de hortaliças hidropônicas, no qual o solo é substituído pela água e as mudas ficam protegidas.

Com a ajuda dos técnicos do Ruraltins, obteve acesso a linha de crédito do Pronaf. No começo eram três estufas, agora já somam 22, produzindo mil pés de hortaliças, entre alface, cheiro verde e agrião, por dia. “Hoje o volume de negócio chega a R$ 35 mil reais por mês, abasteço três grandes supermercados da capital, feirantes e também vendo para comerciantes de Paraíso” afirma

O engenheiro agrônomo do Ruraltins, Emanoel Soares Santana, destaca que com o mercado em franca expansão a tendência agora é trabalhar uma assistência mais intensiva . “ Nossa meta agora é incentivar o plantio orgânico, procurando melhorar a qualidade de vida dos agricultores e consumidores. Um público cada vez mais exigente”.

Fonte: Ascom Ruraltins