Sob uma chuva de pétalas de rosas brancas, o corpo do ex-presidente e senador Itamar Franco chegou por volta de 11h40 desta segunda-feira (4) ao Palácio da Liberdade, onde será velado e receberá as últimas homenagens antes de ser cremado às 16h, em Contagem, na região metropolitana da capital. Ele foi transportado de Juiz de Fora até a capital em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) e dragões da Inconfidência retiraram o féretro do veículo do Corpo de Bombeiros, a fim de transportá-lo ao longo do tapete vermelho estendido à frente do Palácio.
No começo da tarde, a presidente da República, Dilma Rousseff, chegou para acompanhar a cerimônia. Além dela e da família, passaram pelo velório o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-governador José Serra, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, e o senador Eduardo Suplicy (PT-SP).
Populares que aguardam nesta manhã o início do velório de Itamar Franco, em Belo Horizonte, no Palácio da Liberdade, exaltaram o político que morreu no último sábado (1º), em São Paulo. O caixão foi recebido com aplausos e bandeirinhas do Brasil e de Minas Gerais.
As primeiras pessoas chegaram por volta das 6h da manhã de hoje ao local onde será feito o velório de Itamar, que foi governador de Minas Gerais. Por volta de 12h30, a visitação foi aberta ao público.
Em Belo Horizonte, o policial militar reformado Francisco Giaquinto, 53, munido de um porta-retrato no qual aparece cumprimentando o ex-presidente, disse que o político “era um amigo”. Ele foi um dos primeiros a chegar aos portões do Palácio da Liberdade.
“Eu me considero um amigo do ex-presidente. Ele tratava bem as pessoas e eu gostava muito do jeito dele de fazer política”, salientou. Emocionado, Giaquinto disse que “sempre vou me lembrar dele, ele vai deixar muita saudade”.
Itamar Condé de Oliveira, militar reformado e o primeiro da fila que está se formando para entrar no Palácio da Liberdade, não esconde orgulho de ser comparado, ao menos no nome, com o ex-presidente. “A gente ser comparado a uma pessoa boa, honesta e trabalhadora é um orgulho muito grande”, disse.
Oliveira disse sempre ter votado nos diversos cargos para os quais Franco se candidatou e considerou positiva a passagem dele pelo governo do Estado (1999 a 2003). “Eu sempre voltei nele. Quando ele foi governador de Minas Gerais, eu ainda estava na ativa. Ele foi um bom governador para os trabalhadores da segurança pública, educação e saúde”, ressaltou.
O publicitário Pedro Paulo Siruffo, 29, disse ter tido conhecimento da trajetória política de Itamar Franco na escola. “O professor passava para a gente que ele era um figura meio quixotesca, que lutava contra causas impossíveis”, relembrou.
Siruffo disse, porém, que procurou saber mais sobre a história de Itamar e descobriu um personagem que “defendia os interesses nos quais acreditava e não apenas os interesses dos partidos”, frisou.
Fonte: Portal UOL