A Casa de Recuperação Resgatando Vida Maanaim está iniciando a seleção das pessoas que queiram se libertar do vício das drogas. “Todas as igrejas que queiram nos ajudar podem vir, seja Assembléia de Deus, Deus é Amor, Batistas, Católica, Presbiterianas , Quadrangular, Espíritas e Maçons. Todos podem ajudar”, conclamou”. Paulo César. Fase faze
Um grupo de pessoas de Gurupi partiram para ação e criaram uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), mantenedora da Casa de Recuperação Resgatando Vida Maanaim, idealizada pelo missionário Paulo César Justino da Costa. “Temos duas assistentes sociais que vão fazer as triagens, temos médicos e psicólogos que vão nos apoiar, e já estamos firmando convênios com a Unirg e com a UFT para iniciar os nossos trabalhos”, disse o missionário.
Uma fervorosa colaboradora da Casa é a subtenente da Polícia Militar, Shirley Rocha Albino, que também é vice-presidente do Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas e trabalha na prevenção de drogas do Proerd, “Na primeira fase será a desintoxicação por meio da laborterapia, depois que eles tiverem desintoxicados vamos trabalhar a socialização e a profissionalização. Vamos também trabalhar a questão social e familiar”, informou.
Além dos trabalhos que serão feitos na Casa de Recuperação, as famílias dos internos também receberão assistência adequada. “Nos dois primeiros meses, os internados não irão receber visita e, ao longo do tratamento, teremos uma equipe que vai ficar com os internos e outra que irá acompanhar as famílias. Quando ele voltar para a casa ele terá um quarto pintado e reformado para que ele se sinta a vontade em sua casa. Em muitos casos a doença está na família e por isso ela deve ser cuidada”, disse Paulo César.
Desafio
O desafio que a Casa vive no momento é de adquirir mobílias e voluntários. “Estamos precisando de ajuda como utensílios para cozinha, mesas, 20 beliches e televisão. Tudo que uma casa precisa. Nós precisamos de todos os tipos de profissionais que queiram nos ajudar como voluntário. Nós precisamos de parceiros, porque isso aqui é um projeto da sociedade” solicitou o missionário.
Segundo o missionário, a Casa está aberta para fazer parcerias com todos os segmentos da sociedade organizadas. “Aqui todas as igrejas que queiram nos ajudar podem vir, seja Assembléia de Deus, Deus é Amor, Batistas, Católica, Presbiterianas , Quadrangular, Espíritas e Maçons. Todos podem ajudar”, conclamou.
Os empresários que queiram fazer parte do projeto poderão abater as doações no Imposto de Renda. “Nós temos um recibo próprio para que os empresários possam descontar no Imposto de Renda”, explicou Shirley Rocha.
Shirley informou que para manter a transparência serão divulgados, criteriosamente, o balanço patrimonial e balancetes contábeis. “O Ministério da Justiça tem exigências para cadastrar a OCIPE. A gente tem que está com os balancetes e documentação em dia para que, futuramente, quando aparecer verbas destinadas para este tipo de entidade, possamos ser beneficiados”, informou.
Parceria com o poder público
A intenção dos representantes da Recuperação Resgatando Vida Manaim é marcar uma audiência com o governador Siqueira Campos para discutirem um possível parceria com o governo estadual. “Estamos querendo marcar uma audiência com o governador Siqueira Campos porque nós cremos que ele vai nos ajudar. Precisamos ver com o governo do Tocantins no que ele vai nos ajudar e quando. Nós precisamos delimitar”.
Segundo o missionário Paulo, a Casa de Recuperação está sendo montada em uma área de 16 mil metros quadrados numa chácara que fica no lado sul da cidade que foi locada pela prefeitura de Gurupi e tem infraestrutura com capacidade para receber quarenta internos. “Nós fizemos uma parceria com a Prefeitura, indicação do vereador Jonas Barros, e foi locado este lugar aqui onde nós começarmos o projeto Maanaim”, informou o missionário.
O sonho das pessoas envolvidas na Casa de Recuperação Maanaim, que na concepção bíblica, Maanaim, significa “casa de Deus”, é que o local seja adquirido e repassado para a OSCIP. “Estamos juntando forças e carregando projeto nas costas. Se os nossos governantes se sensibilizarem e comprar este local para ser definitivo uma casa de recuperação ia nos alegrar e muito. Porque daí nós iríamos investir, ampliar e construir galpão para oficina. Do jeito está é bom, mas podemos melhorar muito mais isso aqui”, disse a colabora Shirley.
A intenção dos organizadores é que no início a casa atenda somente pessoas que residem no município de Gurupi. “A nossa intenção é tratar as pessoas de Gurupi, depois vai sobrar oportunidade para as pessoas de fora. Temos que acabar com essa de um fica esperando pelo outro e ninguém fazer nada. Estamos levantando a nossa bandeira para agir e ajudar as pessoas. Nós vamos alimentar, vamos cuidar e vamos dar amor. Eu falo porque fui dependente químico e sei como é esta situação onde muitas pessoas são rejeitadas e precisam de amor, carinho e serem escutadas e orientadas”, desabafou o missionário. (Asom)