Pesquisa realizada em Palmas pela Fecomércio/TO, em parceria com Confederação Nacional do Comércio – CNC, mostrou que o Índice de Confiança do Empresário do Comércio – ICEC, teve uma queda de 5,1% em julho. No mês anterior os resultados apresentaram uma pontuação de 133,2, em contraste com 126,5 obtidos em julho.
A pesquisa verifica junto a um grupo de mais de 120 empresários as expectativas para o setor econômico referente ao mês subseqüente. A metodologia adotada teve como base um conjunto de perguntas qualitativas referentes à economia, ao setor do comércio e às empresas. Tais perguntas qualitativas foram transformadas em um indicador numérico, variando de 0 a 200 pontos, o qual antecipa os resultados das Vendas do Comércio Varejista.
O índice 100 demarca um limite entre a avaliação de insatisfação e de satisfação dos empresários do comércio: abaixo de 100 pontos diz respeito à situação de pessimismo enquanto acima de 100 encontra-se a situação de otimismo. O comerciante tocantinense demonstrou que está confiante no crescimento do setor, mas a queda da pontuação comparada a junho mostra que tal confiança teve uma retração considerável.
A pesquisa também destacou outros pontos como percepção dos empresários com relação às condições atuais da economia, onde 37,9% dos entrevistados acreditam que irá melhorar pouco, e outros 55,8% acham que irá piorar. Já 44,5% acreditam que o comércio terá pouca melhora nas vendas, mas 42% mantêm expectativas positivas para o setor e 62,5% esperam que a empresa tenha resultados favoráveis.
Essa queda no índice contrastou com o resultado nacional que indicou uma alta de 2,8%. Segundo o economista Carlos Thadeu de Freitas, apesar de haver desaceleração na contratação de novos funcionários, a estimativa ainda é favorável para o cenário econômico.
Entre as possíveis causas na queda da confiança do empresário palmense está a redução dos preços no varejo, o que provocou um aumento nos estoques, explica o economista Carlos de Assis. “Fazendo-se uma análise comparativa ao mês de junho, o índice caiu devido a uma situação de risco, reduzindo-se a expectativa em ampliar investimentos. Isso caracteriza um estado momentâneo de incertezas na economia regional, possivelmente provocado pela queda na geração de empregos no Tocantins”, explica o economista.
O presidente da Fecomércio, Hugo de Carvalho, comenta que os empresários têm se mostrado cautelosos quanto ao futuro devido aos rumos que a economia brasileira tem tomado. “Alguns setores econômicos não estão obtendo os resultados esperados e isso faz com que os demais segmentos optem por serem mais comedidos com relação às previsões de crescimento. Mas, a pesquisa mostrou que grande parte ainda acredita numa melhora e nós da Fecomércio também vemos dessa forma”, avalia o presidente.
Hugo explica, ainda, que em outra recente pesquisa feita pela Fecomércio, a de Intenção de Consumos das Famílias – ICF foi possível observar uma positividade, ou seja, essas famílias irão consumir mais, baseadas na melhoria da renda e na segurança do emprego atual. “Tendo por base esses dados, podemos esperar bons resultados para o comércio em geral”, finaliza Carvalho.
Saiba Mais
A pesquisa do Índice de Confiança do Empresário do Comércio tem como objetivo produzir um indicador inédito com capacidade de medir, com a maior precisão possível, a percepção que os empresários do comércio têm sobre o nível atual e futuro de propensão a investir em curto e médio prazo.
Em outras palavras, é um indicador antecedente de vendas do comércio, a partir do ponto de vista dos empresários comerciais e não por uso de modelos econométricos, tornando-o uma ferramenta poderosa para o varejo, fabricantes, consultorias e instituições financeiras.
Veja a pesquisa na íntegra: http://www.fecomercioto.com.br/pdfs/jornalerevista/icec__julho.pdf
(Ascom Fecomércio com informações CNC)