Na manhã da última terça feira, 09, a DEIC – Delegacia Estadual de Investigações Criminais, efetuou a a detenção dos funcionários públicos, Ivan Pereira de Jesus e Gleison da Silva Tavares, residentes em Araguaina, e nomeados como agentes administrativosda Cadeia Pública de Filadelfia. Com os mesmos a DEIC, encontrou munições e armas de uso restrito, além de vestimenta exclusiva de agentes de polícia. Ivan e Gleison, que já tem passagem pela polícia, também estão sendo investigados pelo homicídio do mototaxista, Renan da Silva Araújo.
A assessoria de comunicação afirmou que a preocupação da presidente do do SINPOL-TO, Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Tocantins, Nadir Nunes Dias, é com relação a falta de preparo destas pessoas que estariam atuando como agentes penitenciários nas cadeias públicas de todo o Tocantins. "Ética, zelo e profissionalismo, estes são alguns dos principais atributos que um policial civil deve prezar no exercício de sua função. Pessoas sem preparo estão assumindo o papel de agentes penitenciários, que também são policiais civis, que passaram por concurso público e treinamento adequado. O sindicato da categoria teme que esta ação acabe respingando na sociedade civil e carcerária”, explica, Nadir.
O sindicato alega ainda não ser contrário as contratações, mas afirma que critérios mais rigorosos sejam aplicados na hora de escolher quem irá atuar na profissão. Este é segundo caso em menos de três meses em que agentes administrativos são surpreendidos atuando como se fossem policiais civis. “O sindicato é totalmente contrário a este tipo de contratação, para que haja o mínimo de segurança, é necessário que estas pessoas que irão trabalhar diretamente com presos passem por análise de sua vida pregressa além de ter pelo menos formação em vigilância, para evitar que casos como este voltem a se repetir”, completa Nadir.
A sugestão do sindicato é que para atuar como agente administrativo a pessoa seja ex-militar com baixa no exército ou marinha, ou ter formação em vigilância, investigação de vida pregressa e capacidade para estar na função.“Essas pessoas estão denegrindo a imagem da instituição”, finaliza.(Ascom/Sinpol)
Atualizada às 10h04 do dia 12-08-11