Na quarta-feira, 10, a Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal do Tocantins (SESDUFT) realizou Assembleia Geral com pauta única ‘Greve Docente’ que aconteceu no anfiteatro do bloco D, campus de Palmas. Para a reunião a SESDUFT convidou a presidente do Sindicato dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) Marina Barbosa e o tesoureiro Almir Meneses Filho.
Entre os participantes estavam representantes dos sete campi da UFT, sindicalizados do Sindicato dos Técnicos Administrativos da UFT (SINTAD-UFT), professores do Instituto Federal do Tocantins (IFTO) e alunos da UFT.
A presidente Marina confirmou que mais uma instituição federal deflagrou greve, adensando o movimento dos docentes da UFT. “Na semana passada, além da UFT, entrou em greve um setor da nossa base que é o Instituto Federal de Ouro Preto (IFOP).”
A presidente ratificou que 31 seções sindicais assumiram o compromisso de realizar assembleias com ponto de pauta ‘Indicativo de Greve’ entre os dias 10 e 12/08. “Nós tivemos uma reunião nacional, no sábado que reuniu 31 seções sindicais que fez o indicativo de discussão da greve nas assembleias.
Essas assembleias começaram a serem realizadas desde quarta-feira. No sábado (13/08) acontecerá uma reunião em Brasília com delegação dessas assembleias de base para avaliar o Indicativo de Greve”, explica.
Marina expôs que até a quarta-feira 15 seções sindicais já haviam marcado assembleia para discutir a orientação da reunião do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) que é de indicar greve. “A greve é uma das alternativas a ser feita nesse processo de enfrentamento com a política do governo. Ontem, nós tivemos uma reunião onde foi feita uma proposta que trata da incorporação da Gratificação Específica do Magistério Superior (GEMAS) e da correção de distorções do enquadramento de aposentados na classe de associados”, destaca.
A presidente conta que a proposta do governo não atende as necessidades dos professores. “Nós discutimos a partir das deliberações que essa proposta é insuficiente, porque ela não vai assegurar o reajuste para massa da categoria. Portanto é necessário discutir mudanças no piso salarial, alteração no step e incorporação da Retribuição por Titulação (RT). Isso foi o que o Andes apresentou ontem e que é necessário discutir incorporação da gratificação na carreira dos professores do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT). Estes princípios nós materializamos em propostas concretas e segunda-feira (15/08), nós voltaremos a nos encontrar com o Secretário de Recursos Humanos Duvanier Paiva, para ele poder trazer as respostas dessas proposições que foram apresentadas como alternativas e somatório na propostas apresentadas pelo governo para que a gente possa ver em que pé ficará a negociação”, explica.
Marina diz que neste sábado representantes de seções sindicais se reunirão em Brasília para avaliar as proposta do governo. “A reunião vai avaliar o que nós devemos de fato afunilar na segunda-feira (15/08) e vai nos dizer quais são os rumos que o movimento docente tomará a partir das decisões feitas nas assembleias de base”, conclui.
Greve UFT
A greve dos docentes da UFT continua por tempo indeterminado afirma o presidente da Seção Sindical dos Docentes da UFT (SESDUFT). “A greve continua. O início formal foi no dia 27 de junho e agora a recomendação do Andes é que as outras universidades, as outras seções sindicais também venham discutir e dar maior ênfase a questão do indicativo de greve.”
De acordo com Marques esse posicionamento do Andes só reforça o plano estratégico da greve. “Nós sabíamos que ser a primeira universidade a assumir uma greve era arriscado. Mas isso só enaltece cada vez mais o caráter percussor da UFT e da própria Seção Sindical”, finaliza o presidente. (Ascom/Sesduft)