Homens, Mulheres, crianças, todos engajados na luta pelo direito a terra se mobilizaram neste domingo às margens da rodovia TO-010 para uma marcha de conscientização rumo a Porto Nacional. A proposta é conscientizar a sociedade sobre a situação destas famílias que pedem a inclusão da fazenda Dom Augusto, localizada no município, na reforma agrária.
Coordenados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), centenas de pessoas se reuniram para organizar a marcha que deve chegar a Porto Nacional na próxima quarta-feira, 24. O movimento contou com o apoio e a participação da deputada estadual Amália Santana (PT).
Ligada aos movimentos sociais, a deputada sempre apoiou a causa das minorias. Em sua fala relembrou a todos que a luta é constante, “hoje lutamos pela terra, depois será preciso garantir políticas públicas para nos mantermos nesta mesma terra. Mas cada esforço vale a pena quando conquistamos nossos direitos”, afirmou a parlamentar petista.
Antes do início da caminhada os integrante do movimento simbolicamente plantaram várias sementes representando os sonhos de cada família, como a concretização do direito à terra.
Mobilização
Acampadas às margens da TO-010, logo após o posto da Polícia Militar, desde o dia 13 de maio deste ano, cerca de 800 famílias cadastradas aguardam a vistoria da fazenda Dom Augusto, em Porto Nacional, para a reforma agrária.
A mobilização está envolvendo todas as famílias, sendo que 400 pessoas estão seguindo em caminhada para a cidade de Porto Nacional. Só neste domingo foram percorridos cerca de 14 km, a expectativa é chegar a cidade nesta quarta, 24, por volta das 10h, quando a mobilização se concentrará na Praça Centenária em um ato político.
De acordo com a coordenação do MST, 24 áreas no Tocantins estão sendo reivindicadas pelo movimento para a reforma agrária. Os pedidos já foram protocolados junto ao Incra, que pediu prazo até setembro para dar um parecer sobre as áreas. (Assessoria Amália Santana)