Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Meio Ambiente

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Nos dias 17 e 18 de setembro será realizada, na comunidade do Povoado Mumbuca em Mateiros, a III Festa da Colheita do Capim Dourado. A festividade, que conta com a parceria do Naturatins – Instituto Natureza do Tocantins e da Secretaria Estadual da Cultura, marca o início do período legal da colheita de uma das espécies mais exuberantes do Tocantins.

Subsidiada pela Portaria Naturatins n° 362/2007, que regulamenta e ordena o manejo sustentável do capim dourado em todo o Estado, a data de maturidade da planta é entre o período de 20 de setembro a 30 de novembro.

O capim dourado utilizado para artesanato tem origem exclusiva do Tocantins, utilizado na a confecção de bio-jóias e peças decorativas de reconhecimento nacional e internacional, onde seu valor histórico-social é comemorado e marcado por essa festa em ritmo quilombola, que também visa fortalecer a cultura destas comunidades.

A comunidade Mumbuca é uma das mais tradicionais na confecção das peças feitas em capim dourado e que após a criação do Estado passou a ser de grande importância para o comércio e o desenvolvimento do turismo no Jalapão.

Para a comunidade, o principal interesse em fazer essa festa é o de fortalecer a relação das comunidades que têm o capim dourado como meio de subsistência e ainda promover a conscientização do manejo, da colheita, do uso e da qualidade das peças confeccionadas com essa preciosa matéria prima.

Neste ano a festa será marcada durante o dia por cavalgadas, teatro, palestras e workshops envolvendo a comunidade Mumbuca e o entorno do Parque do Jalapão, e à noite muita música, comidas típicas, lendas e brincadeiras tradicionais quilombolas em celebração a essa grande jóia do Tocantins.

Portaria

Para a publicação da portaria, o Naturatins tomou por base os estudos da Ong Pesquisa e Conservação do Cerrado – Pequi, que iniciou as a pesquisa em 2004 na região do Jalapao. Além de estipular o período a portaria determina ainda a coleta seletiva ou falhada numa relação de 5 por 1, e o corte das flores que deverão ser espalhadas pelo campo, garantindo a germinação de novos exemplares do capim. Outro ponto ressaltado é que a coleta das hastes só pode ser efetuada por associados devidamente cadastradas no órgão ambiental, entidades comunitárias de artesãos e extrativistas residentes nos municípios tocantinenses. No momento da colheita, as flores devem ser cortadas e jogadas no campo úmido onde foram colhidas para nova germinação.

Para coibir a coleta do capim antes do período estabelecido na portaria e a venda ilegal do capim in natura o órgão intensifica as ações de fiscalização na região no período que antecede a colheita. Outra estratégia também utilizada no combate são os atendimentos realizados por meio das denúncias feitas pela Linha Verde (0800 631155). (Ascom Naturatins)