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Economia

Foto: Divulgação

No dia 01 de Outubro de 2011, na cidade de Estreito no Estado do Maranhão, os Pescadores e piscicultores do Tocantins e Maranhão, através das Colônias, bem como a Federação dos Pescadores do Tocantins, O Museu Nacional, Movimento dos Atingidos por Barragens, Superintendência Regional do Ministério de Pesca e Aquicultura/TO - MPA e a Cooperativa de Trabalho, Prestação de Serviço, Assistência Técnica e Extensão Rural - Coopter, constituíram a Cooperativa dos Pescadores e Piscicultores do Médio Tocantins - Cooperatins.

A constituição da Cooperativa de Pescadores e Piscicultores do Médio Tocantins é uma das metas do termo de compromisso assinado entre o Ministério de Pesca e Aquicultura e Ceste, que além da constituição da cooperativa tem como metas: Criação de portos de desembarque, salas de multiusos, restaurantes-escolas, capacitação profissional, Centro Experimental de Piscicultura e Produção de Alevinos, Complexos Integrados de escoamento, beneficiamento e comercialização de pescado no Maranhão e Tocantins. E de acordo com o termo de compromisso a cooperativa deterá a propriedade sobre os complexos que integrarão o projeto.

O presidente Cooperativo de Pescadores e Piscicultores do Médio Tocantins, Luiz Moura lembra que nesse momento foi dado mais um passo na busca da garantia do direito dos pescadores. Afirma que constituir a cooperativa, pelo termo de compromisso, não era responsabilidade dos pescadores, mas estes entenderam que se não construíssem a sua própria ferramenta, deixariam que as conquistas ficassem com aqueles que nada fizeram “e ainda quero deixar claro que não abrimos mão de que o complexo de produção do pescado seja administrado pelos pescadores. Finalizo que essa é uma conquista nossa e que esta sendo construída com dinheiro público, do BNDS, e, portanto, deve estar nas mãos dos trabalhadores”, disse.

Histórico

Em Junho de 2009 os pescadores de estreito iniciam um acampamento com mais de 400 pessoas para reivindicar, cobrar os direitos dos pescadores. No dia 18 de agosto de 2009, com a presença do Senhor Luis Sabanay – Assessor Especial do Ministério de Pesca e Aqüicultura e Josafá Maciel ambos participaram da audiência publica, com a presença de mais de 2000 pessoas dos diversos municípios do entorno da UHE-Estreito na qual foi feito os seguintes encaminhamentos: Criação do território da pesca, buscar o reconhecimento dos pescadores como população atingida estabelecendo, métodos, metas e critérios no processo de indenização e compensação oriundas dos possíveis impactos.

Em abril de 2010, a proposta do Complexo Pesqueiro foi apresentada aos presidentes de colônias de pescadores, representantes dos governos do Maranhão e Tocantins, e do Ministério da Pesca e Aquicultura.

Ainda em 2010, no mês de julho, o presidente do Ceste, José Renato Ponte e o então ministro de Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolin, assinaram um acordo de cooperação no valor de R$ 4,8 milhões para implantação do Complexo Pesqueiro, recursos de BNDS – Banco nacional de Desenvolvimento Social.