A Polícia Civil de Paraíso do Tocantins, cidade localizada a 50 quilômetros de Palmas, cumpriu na manhã desta quinta-feira, 12, um mandado de prisão preventiva contra Edelson Antônio Barbosa, vulgo “Toinhin”,de 24 anos, e outro mandado de busca e apreensão em desfavor de Antônio Francinete das Chagas, conhecido por “França”, de 62 anos. Na casa de França os agentes encontraram nove motocicletas furtadas, outras quatro motos desmanchadas, duas pistolas 9 mm, de uso restrito, uma pistola 380, várias munições calibre 32, 38 e 09 mm e nove celulares.
De acordo com as investigações, Edelson praticava os furtos a mando de França e recebia recompensa em dinheiro, em cada moto furtada. “Na casa do França funcionava uma espécie de desmanche, que graças ao bom trabalho de investigação da Polícia Civil, a gente conseguiu chegar aos acusados e recuperar várias motocicletas que vão ser devolvidas aos verdadeiros donos”, disse o delegado responsável pela investigação, José Antônio da Silva.
Segundo o delegado regional de Paraíso, Alberto Geope Wanderley Filho, a investigação teve início devido ao alto número de veículos que foram incendiados nos últimos meses, na cidade de Paraíso. “Chegou ao nosso conhecimento, que vários carros estavam sendo incendiados e muitas motos sendo furtadas no município, então começamos a investigação até chegar ao primeiro suspeito, que foi o Adelson. No decorrer da investigação, conseguimos identificar outro envolvido, o França. A partir de então, conseguimos os mandados de prisão e de busca e apreensão concedidos pela justiça, e prendemos os dois suspeitos”, disse o delegado.
Antônio Francinete das Chagas, o França, era agente administrativo, contratado pela Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos do Tocantins. O mesmo não era policial, mas segundo informações dos moradores da cidade, ele se apresentava como policial civil, o que é crime de falsidade ideológica.
Diante dos fatos, o delegado chefe da Polícia Civil, Reginaldo de Menezes, afirmou que a Polícia Civil vai continuar fechando o cerco no sentido de desarticular quadrilhas e prender pessoas que cometam qualquer tipo de infração. “A ordem que passei para os competentes policiais civis desse Estado é essa, prender todo e qualquer marginal que venha cometer crime no Tocantins, inclusive os agentes administrativos que estão se identificando indevidamente como policiais civis”, afirmou o delegado chefe da Polícia Civil.
Antônio Francinete das Chagas foi indiciado por posse ilegal de arma restrita e receptação. Edelson Antônio Barbosa foi indiciado pelo crime de furto. Os dois acusados estão presos na CPP de Paraíso, onde estão à disposição da justiça.
Operação
A investigação foi presidida pelo delegado José Antônio da Silva, da 1ª DPC de Paraíso em conjunto com o delegado, Luciano Barbosa de Souza da 3ª DPC da referida cidade, por determinação e supervisão do delegado regional, Alberto Geope Wanderley Filho. Pelo menos 10 agentes da Polícia Civil de Paraíso participaram da ação. (Ascom SSP)