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Foto: Joatan Silva

Questões como licença ambiental, falta de produto no mercado, falta de pesquisa, gestão e prazo para pagamento de financiamento, foram alguns dos assuntos levantados pelos produtores, indústria frigorífica e entidades representativas do setor da piscicultura, durante reunião para organizar a cadeia produtiva do setor no Estado do Tocantins. O encontro ocorreu na manhã desta quinta-feira, no auditório da Faet – Federação da Agricultura do Estado do Tocantins e foi conduzida por sua presidente, senadora Kátia Abreu e pela subsecretária de Piscicultura e Aquicultura da Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, Miyuki Hyashida.

Na ocasião a senadora falou dos projetos que estão sendo elaborados na CNA – Confederação Nacional da Agricultura, para o desenvolvimento da piscicultura da região amazônica. “Queremos criar uma identidade econômica para a cada região do país e a Amazônia é a piscicultura. Nosso projeto é montar uma grande vitrine de peixes ornamentais e de peixes para o mercado consumidor”, adiantou.

A presidente da Faet, também destacou as potencialidades do Tocantins no setor de piscicultura e falou da importância de organizar o setor, frisando sobre o que é necessário ser feito para desenvolver a atividade no Estado. Sobre as demandas e reivindicações os participantes apontaram os problemas do setor como licença ambiental, mercado, pesquisa e financiamento, como também sobre a questão de sanidade para o abatimento do peixe pelos frigoríficos para atender as exigências do Ministério da Agricultura.

Em relação à licença ambiental, a subsecretária, Miyuki Hyashida, falou que os órgãos ambientais ainda não entenderam a importância da aquicultura e acreditam que a atividade polui o meio ambiente. “O Ministério da Pesca ainda não liberou a licença para a instalação dos tanques redes nos lagos das hidrelétricas, justificando a falta de estudos, não sei por que não usam o estudo feito pelas usinas”, questionou.

O produtor José Messias de Souza começou a atividade no sistema de tanque escavado em 2002, mas por falta de indústria para processar o produto paralisou a produção. Já o produtor Heitor Alves Paranhos, que produz de 60 a 80 toneladas de pescado por ano, disse que o problema está no prazo para o pagamento de financiamento de custeio. “A gente pega o dinheiro e antes de vender o peixe, o financiamento já venceu, isso porque o produto só está no ponto de comercialização depois de um ano”, reclamou.

A presidente da Faet, Kátia Abreu reuniu as reivindicações e distribuiu os assuntos pelos órgãos competentes para serem resolvidos. As questões relacionadas ao licenciamento ambiental, financiamentos, gestão, plano nacional de sanidade aquícola serão de responsabilidade da Faet e CNA. Assuntos relacionados a pesquisas, extensão rural e ICMS ficou a cargo da Subsecretária de Aquicultura e Pesca e o Ruraltins, uma proposta é viabilizar as pesquisas desenvolvidas pela Embrapa.

Na reunião ficou definido que serão organizados encontros setorizados com os pequenos produtores de pescado para discutir as questões relacionadas ao setor. As primeiras reuniões ocorrerão nas cidades de Porto Nacional, Almas e Aliança. (Ascom Seagro)