Durante cinco dias, extensionistas que atuam na área social dos escritórios regionais e locais do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins – Ruraltins participaram do II Encontro da Área Social com enfoque em Metodologias Participativas no Meio Rural.O evento terminou nesta sexta-feira, 11, e foi realizado no auditório da APA CANTÃO, localizado no município de Caseara, na Região Centro-Oeste do Estado, a 280 km da Capital Palmas.
O foco principal do encontro foi atualizar os participantes quanto as metodologias empregadas no meio rural para garantir de forma consciente e efetiva, a participação do agricultor no processo organizacional e produtivo.
Segundo a Coordenadora de Capacitação do Ruraltins e organizadora do encontro, Iranilde Gonçalves, no Tocantins, os agricultores familiares além de receberem orientações sobre os mais diversos projetos voltados para eles, como fruticultura, agroindústria, olericultura, Programa de Aquisição de Alimentos, associativismo e cooperativismo, aqüicultura e pesca, crédito rural, agroindústria, projetos ambientais, licenciamento ambiental, dentre outros, também recebem acompanhamento no campo social.“O papel do extensionista social é trabalhar a família, conhecendo sua realidade, conquistando assim sua confiança. Nosso objetivo é fazer com que os agricultores se reconheçam como protagonistas das ações implementadas”, explicou
O presidente do Ruraltins Olimpio Mascarenhas, esteve presente no encontro e enfatizou que o profissional da área social precisa ter uma visão geral em relação ao universo que envolve o agricultor, trabalhando sempre a metodologia participativa para obter sucesso na execução dos projetos.”O homem do campo depende do nosso suporte para adquirir conhecimento, inovar e alcançar a superação. E esse processo passa pelas mãos dos extensionistasque devem estar preparados paraserem multiplicadores e transformadores darealidade no Tocantins, sobre tudo no campo”, disse o presidente.
Para a professora, mestre em educação e assistente social da UFT, Mariléa Borges, instrutora no evento, as metodologias participativas no meio rural são eminentemente de desenvolvimento comunitário. No caso da extensão rural são específicas para as comunidades rurais. Ou seja, priorizam as abordagens coletivas. “A extensão rural aglutina ações indutivas de processos de desenvolvimento rural local, realizadas como dinâmicas participativas de caráter sócio-político e produtivos. Articula e põe em movimento, o princípio da democracia participativa, articulando situações como equidade social, força política, integração com o meio ambiente e crescimento econômico; categorias que provocam o desenvolvimento rural local e sustentável”, explicou a professora.
Participante do encontro, Almereci Rodrigues de Sousa, assistente social do escritório local do Ruraltins, em Santa Fé do Araguaia, trabalha incentivando o associativismo e cooperativismo na região. Para ela o encontro foi muito positivo,pois serviu para renovar a forma de atuar junto aos colegas e principalmente com o produtor rural. “Compartilhar e discutir experiências é de suma importância pois abre nossa mente e com certeza vai dar uma alavancada na extensão rural de agora pra frente.Vou seguir a risca o que foi proposto no encontro”, concluiu
Ana Lúcia Guimarães Barbosa, técnica de Dueré, acredita que o trabalho vai melhorar em cem por cento, depois desse encontro. “Meu trabalho é todo voltado para o social, são mini-cursos, palestras, educação ambiental, higienização dos alimentos e do corpo. Desse modo, as metodologias apresentadas aqui vão dar subsídios e mais qualidade as ações. O encontro foi extremamente motivador”, disse.
O II Encontro da Área Social com enfoque em Metodologias Participativas no Meio Rural, foi realizado pelo Governo do Estado, por meio do Ruraltins, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), tendo ainda como instrutoras Isisplycila Pessoni, Gerente de Recursos Humanos, as técnicas Laianna Rodrigues da Silva,Iza Maria Rodrigues, Hermina Martins, o Chefe do Núcleo de Controle Interno, Jesus Luiz de Assunção e o Engenheiro Agrônomo Sebastião Pelizari, falando sobre motivação pessoal.
Carta de intenção
Atualmente, apenas 22 assistentes sociais atuam no Ruraltins. O grupo atende cerca de 50 mil famílias de produtores rurais em todo Estado, número considerado muito baixo pelo setor de capacitação do órgão. Para mudar essa realidade ao final do encontro foi elaborada uma carta de intenção que vai nortear o trabalho da extensão social rural de agora em diante. Nela estão propostas entre outras ações a capacitação continuada, melhorias para os servidores, condições dignas de trabalho e a formação de uma rede de comunicação voltada para a área social, uma das propostas mais importantes da carta. O documento será entregue a presidência do Instituto para os encaminhamentos devidos.