O Brasil conquistou o título de maior exportador mundial de carne de frango. Em 2010, um novo recorde foi quebrado: 3,8 milhões de toneladas embarcadas para mais de 140 países. Ao todo, o Brasil produziu mais de 12 milhões de toneladas de carne de frango no ano passado, segundo o ministério da agricultura.
No Tocantins, a produção também cresce de forma rápida. Em 2010, foram abatidos 30 milhões de frangos, resultando em 78 mil toneladas de carne. Neste processo, a parceria entre indústria e produtor rural tem sido fundamental para esse desenvolvimento.
Dona Shirlei e Edvaldo são exemplos disso: eles deixaram o gado de leite e a lavoura para se tornarem integradores de aves na Estância MC, no município de Porto Nacional.
No sistema de integração, a empresa parceira cede os pintinhos de um dia, os insumos como ração, vacinas e transporte e os profissionais que dão a assistência técnica. Investimento que retorna à empresa ao final do ciclo produtivo. Os produtores entram com a estrutura para a criação, o galpão com bebedouros, comedouros e umidificadores de ar, imprescindíveis para a sobrevivência das aves. Além disso, os avicultores devem monitorar a criação diariamente e não podem descuidar em nenhum momento. Uma falha no sistema ou no manejo e o prejuízo é certo.
O zootecnista da Seagro – Secretaria Estadual da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, Sílvio de Oliveira, esclarece que a avicultura é muito rentável desde que não haja erros. Se um aparelho estragar, por exemplo, é preciso arrumar logo ou pode reduzir o rendimento dos animais ou até mesmo matá-los.
Tanto empenho na criação de aves se justifica em cifras. A rentabilidade pode variar de acordo com a produtividade e a qualidade do plantel, mas o lucro é maior que em outras culturas, garantem especialistas. O gerente de Integração de uma das empresas, João Malta, argumenta que o criador não precisa se preocupar com os custos com insumos. Por ave são pagos cerca de R$ 0,50, garantindo um bom lucro ao criador.
O Tocantins tem hoje duzentos galpões, que alojam cerca de cinco milhões de aves a cada ciclo de produção, que dura em média sessenta dias. A necessidade atual é de 610 novos aviários para atender as demandas.
Dos aviários, as aves vão direto para os frigoríficos, seguindo uma série de exigências sanitárias que asseguram a qualidade da carne, diz a engenheira de alimentos, Fernanda Dias.
Dos frigoríficos para as mesas dos consumidores, o frango vai a cada dia conquistando a população brasileira como uma carne rica em proteína e muito saudável. (Ascom Seagro)