Como atividade que se expande no Estado garantindo campo de atuação para médios e grandes produtores, além de se destacar como alternativa para os agricultores familiares, a avicultura é a segunda maior atividade zootécnica do Tocantins, contando atualmente com um plantel de quase 7,3 milhões de aves em potencial para abate. São em torno de 4,8 milhões de criatórios em sistema de confinamento (granjas) e 2,5 milhões na produção familiar.
Com o apoio do governo do Estado, através do Ruraltins e da Adapec, os produtores recebem desde incentivos fiscais, cursos de treinamento, qualificação e capacitação técnica, orientação para sanidade animal, como vacinação e outras formas de imunização dos criatórios, em particular nos períodos de alta ou baixa temperatura, assim como nos períodos de baixa umidade relativa do ar, fatores que podem levar também à perda de peso das aves. O objetivo é fortalecer o segmento para que o Tocantins se torne uma referência na produção nacional e para o mercado externo da atividade pecuária, depois da produção bovina.
Na avaliação da gerente de Unidade Local do Ruraltins, no município de Santa Fé, no Vale do Araguaia, Almerice Rodrigues de Sousa, “os cursos e os treinamentos visam além de incentivar a inclusão social, estimular o empreendedorismo, e com isso o aumento da renda familiar e, consequentemente, das condições de vida do grupo familiar e da propriedade”, observa.
Para o assessor do Departamento Sanidade Animal, da Seagro, zootecnista Ademar do Carmo Júnior, a procura por assistência técnica por parte dos produtores tem crescido. Também frisa que “o apoio de políticas públicas do governo do Estado torna-se fundamental para o avanço tecnológico da cadeia produtiva avícola estadual e, onde isso não é possível entra o apoio integrado dos produtores de maior porte incentivando os pequenos produtores”, que conforme ele, “têm contribuído para a manutenção, e mesmo o avanço da produção no Tocantins”. Neste caso, o ciclo de produção integrada para o abate no sistema de confinamento leva de 45 a 60 dias, enquanto a produção do frango caipira o ciclo pronto para o abate gira em torno dos 120 dias.
De acordo com o produtor rural Almério Carvalho, do município de Barrolândia, e que se dedica à criação de frango caipira “é necessário que as políticas públicas traduzidas em forma de apoio direto, em orientação extensionista e acompanhamento cheguem a todos os produtores, como meio de que não só a avicultura, como as demais atividades agropecuárias sejam fortalecidas, pois todas são viáveis no campo e são as que vêm dando a maior força à economia do país”, comenta.
Nesta quarta-feira, 28, é comemorado o dia da avicultura. No Tocantins, existem cerca de 4,8 milhões de criatórios em sistema de confinamento (granjas) e 2,5 milhões na produção familiar. Segundo dados da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), a população total de aves, comerciais e de subsistência (agricultura familiar) é de 7.223.820.