A Secretaria Estadual da Educação iniciou na tarde desta quinta-feira, 15, a mobilização para integrar organizações públicas, privadas e da sociedade civil, na implementação de ações voltadas ao desenvolvimento da Educação Profissional, Científica e Tecnológica no Tocantins. O principal objetivo é promover a articulação de políticas, programas e projetos, públicos e/ou privados, visando à integração de esforços e a racionalização de recursos no atendimento das demandas sociais por educação para o trabalho.
“O ensino técnico é muitas vezes mais importante que o ensino superior. É preciso criar uma motivação para as pessoas no interior do Estado. Nessa semana divulgaram os dados do PIB dos municípios tocantinenses, o que evidenciou essa disparidade. Podemos usar a educação profissionalizante como fator de motivação dessas pessoas. O Tocantins está se desenvolvendo, atraindo indústrias e investidores e o tocantinense tem que estar preparado para isso”, explicou o secretário de Ciência e Tecnologia, Borges da Silveira, que participou da reunião.
Além de representantes da Secretaria de Ciência e Tecnologia participaram da reunião representantes do diversas instituições e sindicatos como o Senar, Sescoop, Senac, Sest/Senat, Sintepp, Sine, Conselho Estadual de Educação e Faculdade Itop. Cada um deles apresentou sugestões e propostas que podem integrar o Fórum, estabelecendo parcerias importantes.
“É inovadora essa interação, esse convite às escolas e instituições particulares para participarem desse processo de ensino. A partir do momento que somos convidados, que integramos esse processo, não existe a figura da concorrência. Nós podemos ajudar muito na identificação das demandas de cursos de cada região, de cada segmento, podemos apoiar no desenvolvimento das instituições de ensino e ainda colocar nossa estrutura, como a de laboratórios, por exemplo, à disposição dessas instituições de ensino para que possam aproveitar o que temos para fortalecer esse processo”, afirmou o diretor geral da Faculdade e Centro Avançado de Ensino Itop, Muniz Araújo Pereira.
“Muitas vezes os cursos estão centralizados nas maiores cidades. O importante é descentralizar o acesso ao ensino profissionalizante e oferecer também cursos de extensão e de aprimoramento”, acrescentou o representante do Sindicato dos Trabalhadores das Escolas Particulares de Palmas, o Sintepp, Aníbal Parente Fontoura.
Durante o encontro a diretora de Ensino Profissionalizante da Seduc, Rosana Barreto, apresentou o projeto inicial do Fórum. “Nosso objetivo é desenvolver uma política de ensino profissionalizante que atenda as demandas do tocantinense, que precisa se qualificar para o mercado de trabalho. Nesse primeiro momento precisamos formular os instrumentos legais e normativos relativos ao funcionamento da Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Esse foi apenas o primeiro encontro. Em janeiro vamos publicar um edital e convidaremos também outras instituições para compor esse projeto”, explicou.
“Há uma grande demanda pelo ensino profissionalizante e o nosso objetivo é construir uma estratégia uniforme para atender essa demanda, construindo uma política de educação profissional focada nesse novo tempo. O Tocantins precisa disso”, explicou o secretário estadual da Educação, Danilo de Melo.
Escola em Tocantinópolis
Durante o encontro, Danilo de Melo, também falou sobre a liberação de R$ 6,5 milhões para a construção de uma Escola de Tempo Integral na cidade de Tocantinópolis, no norte do Estado, garantida pelo secretário executivo do Ministério da Educação (MEC), José Henrique Pain, na última quarta-feira, 14, com o apoio da senadora Kátia Abreu.
Pain garantiu que os recursos serão liberados no próximo mês de janeiro, possibilitando o início imediato das obras da Escola de Tempo Integral incluída no Programa Ensino Médio Inovador, do Governo Federal, que prevê em um dos períodos o ensino profissionalizante e terá capacidade para 1.500 alunos. O Governo do Estado dará uma contrapartida de cerca de R$ 2 milhões. O secretário executivo do MEC garantiu ainda a inclusão de mais 100 escolas municipais tocantinenses no Programa Mais Educação, que tem a finalidade de atender, em caráter prioritário, as escolas que apresentam baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). (Ascom Seduc)