A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada no último mês, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e Fecomércio Tocantins, mostrou que 69,8% das famílias entrevistadas estão endividadas, o que significa que as famílias consumiram mais, em relação aos números obtidos na sondagem anterior, que em dezembro foi de 66,3% (aumento de 3,5%). A pesquisa entrevistou 500 famílias de Palmas, que responderam a questões como nível de endividamento, condições de quitar os débitos, atrasos e falta de condições para saldar as contas.
Apesar do aumento do número de famílias endividadas, apenas 3,8% se consideram muito endividadas. Entre as famílias com renda até dez salários mínimos 54,8% analisam estar pouco endividadas. O maior gargalo continua sendo o cartão de crédito, o vilão para 76,6%, das famílias. Em segundo lugar estão às dívidas em carnês, 33,3%, e o financiamento de carro com 25,6%, ficando em terceiro lugar. Entre as famílias endividadas 73,5% afirmaram ter de 10 a 50% do orçamento comprometido para dívidas mensais.
De acordo com a pesquisa, 38,7% dos entrevistados asseguraram ter condições de honrar seus compromissos como cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal, compra de imóvel e prestações de carro e de seguros no próximo mês. Já 48,4% dos entrevistados poderão quitar pelo menos parte das dívidas e apenas 17,7% afirmaram possuir contas atrasadas.
Para o presidente do Sistema Fecomércio, Sesc, Senac Tocantins, Hugo de Carvalho, a evolução favorável do mercado de trabalho é um dos fatores que tem contribuído para a redução do número de famílias com dívidas em atraso. “Quando falamos em famílias endividadas, não significa que elas estejam inadimplentes. Pelo contrário, mostra que elas continuam consumindo, mesmo que de forma parcelada. Como ficou constatado em outra pesquisa feita pela nossa instituição, os consumidores palmenses estão confiantes com relação aos seus empregos e à melhoria da economia, por isso compram e movimentam o comércio, o que é fundamental para equilibrar e manter o desenvolvimento do nosso Estado”, destaca Hugo. (Assessoria de Imprensa Fecomércio)