Seguindo a tendência nacional de queda na incidência de casos novos de hanseníase, o Tocantins obteve uma redução de 9% no coeficiente de detecção de casos no período de 2010 a 2011. Esta redução também pode ser vista nos últimos três anos no Estado, no qual a curva de detecção de casos vem decrescendo a cada ano. Em 2008 foram registrados 1.331 casos, 2009 - 1.129, 2010 – 1.073 e no ano passado 970 casos novos. Os dados demonstram a eficiência dos serviços de saúde na busca ativa de pacientes e na formação de parcerias que incrementam as ações de diagnóstico, tratamento, mobilização e educação em saúde.
“Há vários anos a Sesau (Secretaria Estadual da Saúde) trabalha para ampliar a busca ativa de pacientes com hanseníase, e com isso quebrar a cadeia de transmissão que leva a eliminação da doença. Quanto mais pessoas forem diagnosticadas menores serão as sequelas e maior será a porcentagem de cura”, disse a gerente do Núcleo da Hanseníase da Sesau, Adriana Regina Farias.
Adriana ressaltou ainda, que a área técnica sempre busca parcerias e projetos para realizar ações de prevenção, diagnóstico e educação em saúde. Dos projetos realizados, podemos destacar a Assessoria Técnica Regionalizada, um grupo de profissionais de saúde que percorre o Estado para levar atendimento à população e capacitar os profissionais de saúde. Além disso, também temos as parcerias com empresas privadas e organizações não governamentais que lutam pela eliminação da doença.
Um exemplo disso é a Carreta da Saúde, um projeto de cidadania corporativa do Grupo Farmacêutico Novartis, coordenado pelo Morhan - Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase, em parceira com a Sesau e Municípios. O veículo realizou atendimentos em Palmas e na próxima semana estará no município de Fátima e Oliveira de Fátima, região sul do Estado. Já no dia 06 de fevereiro o veículo estará na cidade de Formoso do Araguaia.
A carreta vai continuar seus trabalhos até o final de junho, com passagem por diversos municípios do Tocantins.
Outra intenção da Secretaria e disseminar informações para acabar com o estigma da doença, para tanto realiza campanhas educativas e mantém uma linha exclusiva e gratuita de atendimento. O Telehansen, 0800-642-7100, recebe ligações de segunda à sexta em horário comercial.
Dia Mundial
Para lembrar a importância do tratamento da Hanseníase, foi criado pela ONU - Organizações das Nações Unidas, o Dia Mundial de Combate à Hanseníase. A data é lembrada sempre no último domingo do mês de janeiro, este ano será no dia 29. A Sesau mobilizou os 139 municípios do Estado para realizarem ações de mobilização, educação em saúde e identificações de casos novos da doença.
Doença
A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa, de evolução lenta, que se manifesta através de sinais e sintomas dermatoneurológicos (lesões de pele e comprometimento dos troncos nervosos, principalmente os olhos, mãos e pés).
O diagnóstico precoce e tratamento regular evitam a instalação de incapacidades físicas e a propagação da doença. O contágio dá-se através das vias respiratórias, de uma pessoa doente portadora do Bacilo de Hansen não tratada.
Tratamento
Todos os casos de hanseníase têm tratamento e cura. A doença pode causar incapacidades físicas, evitadas com o diagnóstico precoce e o tratamento imediato, disponíveis no SUS - Sistema Único de Saúde. O tratamento, gratuito e eficaz pode durar de seis a doze meses.
Os medicamentos devem ser tomados todos os dias em casa e uma vez por mês no serviço de saúde. Também fazem parte do tratamento exercícios para prevenir as incapacidades físicas e orientações da equipe de saúde. (Ascom Sesau)
