Em seu pronunciamento
no grande expediente nesta quarta-feira, 04, a deputada Professora Dorinha
Seabra Rezende (Democratas/TO) reforçou o seu discurso a importância da
formação e carreira docente.
Segundo a parlamentar, “a educação e, por
conseguinte, o professor haveriam de se elevar como prioridades da política
educacional de todas as nações”.
Para Dorinha, mesmo levando em consideração o
esforço para estruturar carreiras do Magistério, o Brasil ainda precisa
trabalhar muito mais pela valorização do professor. “As contínuas avaliações da
educação brasileira, em esfera nacional ou internacional, indicam que o baixo
rendimento escolar continua e demonstram a dimensão e a complexidade do
problema”, falou.
A parlamentar lembrou que muitos estados e
municípios não conseguem cumprir a Lei do Piso, instituída em 2008 e
recentemente foi reajustado para Rnt.451,00. São 17 estados que não pagam o
piso, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
Dorinha voltou a defender a destinação de 10% do
Produto Interno Bruto (PIB) para a Educação para garantir o cumprimento da lei
do Piso do Magistério. Outro ponto citado pela parlamentar foi que as
universidades com cursos de licenciatura não preparam o professor para a
Educação Básica. “Os currículos não preparam o professor para o seu trabalho na
educação básica. Os conteúdos estão distantes da realidade da alfabetização”,
disse.
Para a deputada, a mudança pode ocorrer através de
um trabalho sério de valorização profissional que, necessariamente, passa pela
remuneração do corpo docente das redes públicas de ensino e por uma boa
formação.
Dorinha citou as melhorias na remuneração dos
professores da rede de ensino do Tocantins quando estava frente à Secretaria
Estadual de Educação. “Os professores receberam cerca de 70% de aumento médio
salarial. Em quatro anos o investimento em folha de pagamento com a evolução
funcional dos servidores representou um aumento de quase 43%”. A parlamentar
citou ainda que, neste novo governo, os professores do ensino básico do
Tocantins passaram a ter salários maiores que a maioria dos estados
brasileiros, abaixo apenas do distrito federal.
“O menor salário para o professor da educação
básica, com curso superior e carga horária de 40 horas semanais, passou a ser
de R$ 3.062,00, um acréscimo de 7,29% sobre o salário anterior, que era de r$
2.854,00. Mesmo no meu estado, ainda é preciso cumprir a destinação de um terço
(1/3) de horas atividades”.
Para Dorinha, governo e sociedade trabalhando
juntos por uma educação de qualidade, pois educação não é gasto, mas sim
investimento e reflete na qualidade de vida e economia de um país.
Em aparte, o deputado Mendonça Prado
(Democratas/SE) parabenizou a parlamentar pelo discurso e pontuou que o País
não tem resultados práticos no que diz respeito à educação. “Somos a quinta
economia mundial, mas esse patamar pode cair caso a educação não seja prioridade”,
disse.
A deputada Carmem Zanotto (PPS-SC) disse que
Dorinha tem tido uma importante atuação dentro da Comissão de Educação e
Cultura. “A bandeira do conjunto de parlamentares desta Casa deveria ser a
mesma bandeira que vossa excelência defende”, disse.
O parlamentar Izalci (PR-DF) disse que o Tocantins
é um estado diferenciado em relação à educação e que a parlamentar fez um
excelente trabalho frente à Secretaria de Educação.
Presidindo a sessão, o deputado Luiz Couto (PT-PB)
disse que o assunto Educação não pode ter posicionamento partidário. “É através
da Educação que atingimos as outras áreas como Saúde, Segurança. A educação é
fundamental para o nosso País”. (Ascom)