O Hospital e Maternidade Pública Dona Regina será a primeira
maternidade pública do Tocantins a receber o CPN - Centro de Parto Normal, da
Rede Cegonha. Trata-se de um espaço adequado para oferecer às gestantes, as
melhores condições para que seu parto possa acontecer de forma natural.
O anúncio foi feito quarta-feira, 11, por técnicos do Ministério da Saúde que
vieram ministrar uma Oficina de Ambiência para Parto e Nascimento na
Maternidade. Estiveram presentes o secretário estadual da saúde, Nicolau
Esteves, o secretário executivo da Sesau, Luiz Fernando Freesz, o
superintendente geral médico Gastão Neder, o diretor operacional da Pró-Saúde,
Marcus Wächter, um dos coordenadores da organização social, Allan Lobo, a
diretora geral do Hospital e Maternidade Dona Regina, Alba Muniz, entre outros
diretores e técnicos da Maternidade e de outros hospitais.
De acordo com os critérios do MS, os Centros de Parto Normal podem funcionar
dentro das maternidades ou em unidades anexas. No caso do Dona Regina, esse
espaço vai funcionar dentro do próprio Hospital, como afirma a consultora da
política nacional de humanização do MS, Mirella Pessati. “Em termos físicos
essa maternidade tem condições de readequação dos espaços para gente ter o
centro de parto normal e para a melhoria daquilo que a gente chama de PPP, que
é o pré-parto, parto e pós-parto”, afirmou.
Segundo Mirella, essa unidade possibilitará que as gestantes sejam as
protagonistas do próprio parto. “É o modelo que tem evidências científicas que
compravam que se diminuem os riscos para as mães e os bebês”, concluiu.
A consultora veio acompanhada de uma arquiteta e um técnico do MS que trabalham
na avaliação de projetos. O objetivo do Governo Federal com a criação de CPNs
em maternidades de todo o país é ampliar a rede de atenção e humanização do
parto e nascimento, oferecendo as gestantes um ambiente com maior privacidade,
seguindo o novo modelo de assistência obstétrica e neonatal.
A maternidade foi escolhida para a implantação do CPN porque é a referência
estadual da Rede Cegonha no Estado desde novembro do ano passado. Além desta
importante estratégia de humanização da assistência ao parto e nascimento, o
Hospital Dona Regina já trabalha com outras estratégias, comoa garantia da
presença de um acompanhante em todos os momentos da gestante no hospital, o
acolhimento com classificação de risco e o Método Canguru, por meio do qual os
bebês prematuros e com baixo peso, são acompanhados até os dois anos de idade e
tem um amplo contato com a mãe e a família para fortalecer os vínculos
afetivos.
De acordo com a diretora geral da unidade, Alba Lúcia Muniz, o diferencial do
Centro de Parto Normal é a ambientação. “Esse Centro vai oferecer às nossas
gestantes mais tranquilidade para dar à luz, de forma natural,com a presença do
acompanhante de sua preferência, em um espaço que lhes garanta conforto,
privacidade e segurança” comentou.
Para o secretário estadual de saúde, Nicolau Esteves, esse é mais um importante
passo pra combater a mortalidade materno-infantil. “Nós vamos perseguir com
muita determinação esse objetivo, porque essa é uma meta de governo, já que em
minhas conversas com o governador Siqueira Campos e com o secretário relações
institucionais Eduardo Siqueira, eles tem frisado a importância de garantir uma
assistência digna às mães e seus bebês”, concluiu.
Rede Cegonha
A Rede Cegonha é um modelo de atenção que amplia e fortalece a assistência às grávidas e às crianças até o segundo ano de vida. O programa prevê um conjunto de ações que visam integrar e ampliar uma rede de cuidados, que assegure às mulheres assistência adequada desde o planejamento familiar, a confirmação da gravidez, passando pelo pré-natal e o parto, pós-parto e a atenção ao bebê. A estratégia da Rede Cegonha conta com o orçamento do Ministério da Saúde para investimentos até 2014 de quase R$ 9,4 bilhões. (Ascom Sesau)