A presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA),
senadora Kátia Abreu (PSD), defendeu nesta última segunda-feira, 23, em Pequim,
na China, investimentos da China na logística brasileira, além de uma ação
conjunta de várias entidades privadas brasileiras na promoção comercial de
produtos brasileiros na China, para aumentar o comércio e diversificar a pauta
de exportação. Avaliou que os investimentos na logística brasileira são
fundamentais para garantir competitividade aos produtos agropecuários
brasileiros em relação àqueles fornecidos pela Austrália e Nova Zelândia, que
também vendem alimentos para a China e que, em função da sua localização, podem
fornecer produtos para o mercado chinês de forma mais competitiva. A presidente da CNA reuniu-se, hoje, com o adido agrícola da embaixada do
Brasil na China, Esequiel Liuson, para definir a agenda de trabalho da comitiva
da CNA no País. Na tarde de hoje, está agendada uma reunião com o diretor-geral
do Departamento de Cooperação Internacional da Administração Nacional dos
Recursos Florestais, Su Chunyu. Em 2011, a China definiu como meta a ampliação
de sua cobertura florestal para 23% até 2020. Dados oficiais de 2008 mostram
que a cobertura vegetal do país é de 20,3%.Durante a reunião, a senadora Kátia Abreu falou sobre a Plataforma de
Gestão Agropecuária (PGA), lançada na semana passada, em Brasília, que
garantirá confiabilidade e transparência ao registro da movimentação de bovinos
no País, além do cumprimento de exigências previstas em protocolos comerciais
firmados com países que importam do Brasil. Lembrou que a PGA, desenvolvida
pela CNA a pedido do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA), é a maior do mundo, centralizando dados num único sistema. A partir
desse modelo, será possível para atender às especificidades de cada mercado.
“Os produtores brasileiros podem produzir produtos diferenciados, desde que
consigam preços diferenciados”, afirmou a presidente da CNA.
Liuson, que vive na China desde 2010, afirmou que a imagem dos produtos
brasileiros é muito positiva na China. “O produto brasileiro é associado à
preservação do meio ambiente”, contou. Em termos de comércio, ele afirmou que
estão sendo negociados acordos para viabilizar a exportação de tabaco da Bahia
e Alagoas para a China. Hoje, só o Rio Grande do Sul tem autorização para
vender o produto para o mercado chinês. Também há interesse da China em ampliar
as importações de milho do Brasil. Outro foco é a venda de frutas cítricas.
Hoje, o comércio agrícola é centralizado no complexo soja, que responde por 80%
das vendas do Brasil para a China. Os chineses exportam alho, filet de peixe,
feijão seco e bacalhau para o Brasil. Acompanham a presidente da CNA, o vice-presidente e diretor de infra-estrutura
e logística, José Ramos Torres de Melo, e os presidentes das Federações da
Agricultura do Acre, Assuero Doca Veronez, do Mato Grosso do Sul, Eduardo
Riedel, de Roraima, Almir Sá, e de Santa Catarina, José Zeferino Pedrozo. (Assessoria
de Imprensa Kátia Abreu)