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Polí­tica

Foto: Divulgação

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Ressaltando extrema preocupação com os altos índices de violência contra a mulher registrados no País, o deputado federal Angelo Agnolin (PDT) requereu nesta quinta-feira, 26, ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, via indicação da Casa, nº2.862 /2012, a criação de mecanismos para expansão de delegacias especializadas. O pleito se justifica, conforme o deputado, pela necessidade urgente de atender à crescente demanda. A indicação solicita ainda que sejam abertos projetos para financiamento de reformas e construção de Delegacias da Mulher, bem como uma Divisão Especializada na investigação do tráfico de mulheres.

Conforme justifica o parlamentar, o país registra aumento considerável da criminalidade em várias formas. Uma das mais covardes, no entanto, “é aquela que tem as mulheres como suas vítimas,” disse. Em sua justificativa, Agnolin apresenta pesquisa realizada no Brasil onde 55% da população manifesta que a violência é um dos três principais problemas que afligem as mulheres e 51% dos entrevistados declararam conhecer ao menos uma mulher que já foi agredida pelo seu companheiro.

Agnolin ressaltou que menos de 10% das cidades brasileiras têm delegacias especializadas no combate à violência contra a mulher. Dados divulgados pela Secretaria de Políticas para as Mulheres mostram que o País conta com apenas 374 delegacias, o que representa 7% dos mais de 5,5 mil municípios. Ela destacou que o Brasil não está preparado para enfrentar o problema e criticou a falta de investimento para aumentar os serviços oferecidos às vítimas de agressão.

Conforme dados do Ministério, há apenas 10 delegacias especializadas no atendimento à mulher, dentre as quais atendem Palmas, Araguaina, Gurupi, Porto Nacional, Paraíso do Tocantins, Miracema do Tocantins, Colinas do Tocantins, Guaraí, Tocantinópolis e Augustinópolis. O que não é suficiente, na visão do parlamentar, para atender todo o Tocantins, principalmente as regiões mais isoladas do Estado. (Assessoria de Imprensa)