Depois do anúncio do cancelamento do contrato com o governo do Estado, a Pró-Saúde - Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar informou que pretende procurar entidades de classe, parceiros e fornecedores do sistema de saúde do Tocantins de forma a garantir uma transição tranquila ao governo na retomada dos serviços que desenvolve em 17 hospitais estaduais.
A instituição está solicitando a colaboração da Sesau – Secretaria de Estado da Saúde e das entidades de classe ligadas à saúde para que a população não seja prejudicada pelo encerramento do contrato de gestão.
O diretor da organização social, Marcus Wächter, já procurou o presidente do SEET - Sindicato dos Profissionais da Enfermagem do Estado, Ismael Sabino da Luz, com o presidente do SINTRAS, Sindicato dos Trabalhadores em Saúde no Estado do Tocantins, Manoel Pereira de Miranda e com a presidente do Simed - Sindicato dos Médicos no Estado do Tocantins, Janice Painkow.
"Não temos fins lucrativos e nosso compromisso de 45 anos com a promoção da saúde não se extingue com o encerramento da parceria" afirma Marcus Wächter. O diretor da organização social fez um apelo ao Secretário da Saúde para que seja mantido o maior número possível de colaboradores contratados para atender as 17 unidades hospitalares. "São profissionais bem selecionados, capacitados, inclusive com recursos públicos, e já estão familiarizados com as demandas”, destacou.
O diretor ressalta a necessidade de apoio, uma vez que o quadro de certos profissionais de saúde existente hoje é deficitário. “Inclusive já alertamos formalmente a Sesau sobre a falta de cerca de 190 médicos no Estado, especialmente pediatras e obstetras”. Para Marcus, esse é um dos motivos pelos quais o atendimento tem sido precário. “Infelizmente, esse problema que afeta hoje todo o país acaba resultando na perda de vidas que poderiam ser salvas”, avaliou.
Para Wächter a situação pode se complicar diante da perda de agilidade que as organizações sociais oferecem em relação à gestão pública direta. "Já trouxemos médicos de outros estados para realizar cirurgias de urgência ou cobrir plantões de fim de semana. Essa agilidade o Estado não terá, razão pela qual estamos muito preocupados com o atendimento a população, uma vez que a saúde das pessoas nem sempre pode esperar o tempo necessário a formalizar todos os procedimentos”, afirmou. (Ascom Pró-Saúde)