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Campo

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins protocolou na última terça feira, 29, junto a Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) pedido para prorrogação do prazo para o plantio de sementes de soja no Estado.

Segundo a presidente da Faet, senadora Kátia Abreu (PSD), os produtores de sementes só podem semear a soja durante a janela do plantio, que começa dia 01/05 e vai até o dia 31/05, período este que antecede o Vazio Sanitário, "o excesso de umidade nas áreas baixas do Projeto Rio Formoso, impossibilitou a drenagem dos módulos ocasionando atraso no plantio”, diz Kátia.

O Sindicato rural de Formoso do Araguaia e as cooperativas Cooperformoso, Coperjava, Copergran e Dirf também já haviam solicitado um prazo maior junto a Adapec. O presidente do Sindicato Rural de Formoso do Araguaia, Eurípedes Martins da Costa, afirma que nos últimos anos o período de chuva tem se entendido até meados de maio, resultado: as áreas ficam alagadas, dificultando o plantio, por isso a Faet, os sindicatos e cooperativas solicitaram que a janela de plantio vá até 15/06 e a colheita até o dia 15/10.

Para esta safra, segundo a previsão da Adapec, devem sercultivados cerca de 40 mil hectares de sementes de soja. Já foram plantados 32 mil hectares. Ainda segundo a Adapec, o Tocantins é a unidade da Federação que possui a maior área contínua plantada durante o “Vazio Sanitário” com 1 milhão de hectares. Os estados de Goiás e Mato Grosso autorizam a produção durante o Vazio Sanitário só para os pesquisadores, ou seja, produção de sementes genética e pré-genética.

Os municípios tocantinenses que estão autorizados a cultivar sementes de soja apenas nas áreas de várzeas tropicais são: Pium, Lagoa da Confusão e Formoso do Araguaia.

Vazio Sanitário

A implantação do monitoramento das áreas de produção é uma ferramenta que deve ser utilizada para a segurança da sanidade da produção no Estado. Esse período é chamado de Vázio Sanitário que é a ausência total de plantas vivas de soja, excluindo-se as áreas de pesquisa científica e de produção de semente genética, devidamente monitorada e controlada pela Adapec.

A medida adotada pela Agência é uma proteção contra a Ferrugem Asiática, doença causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi Sydow que provocou um prejuízo de 2 bilhões de dólares à sojicultura brasileira na safra2005/2006. Durante o período do Vazio Sanitário, que vai de 1º de julho a 30 de setembro, todas as plantas de soja existentes na propriedade devem ser erradicadas, por meio de produtos químicos ou equipamentos.

No ano passado foram cultivados 37 mil hectares de sementes. A colheita deve acontecer até 30 de setembro.

Prejuízos

A ocorrência da Ferrugem da Soja pode aparecer desde o início do ciclo, causando perdas na produção e queda na produtividade, pois causa a desfolha precoce das plantas, impedindo que os grãos de soja se formem completamente. (Assessoria)