O governo do Tocantins lançou na manhã desta terça-feira, 3, o “Projeto Jalapão”, também conhecido como Projeto para Prevenção, Controle e Monitoramento de Queimadas Irregulares e Incêndios Florestais no Cerrado. O evento aconteceu na Sala de Reuniões do Palácio Araguaia e contou com as presenças do secretário Divaldo Rezende, do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; do presidente do Naturatins, Alexandre Tadeu; do comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Lemes; e dos representantes do KFW - Banco Mundial da Alemanha, Hubert Eisele; da GIZ - Sociedade Alemã para Cooperação Internacional, Ingrid Prem; e do secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA - Ministério do Meio Ambiente, Carlos Klink.
O projeto prevê o investimento de €$ 13,5 milhões de euros, o equivalente a R$ 33,75 milhões de reais, provenientes do KFW e da GIZ, com contrapartida do Governo Brasileiro. O objetivo do projeto é criar um plano de ação de combate às queimadas, incêndios e desmatamento no bioma Cerrado, contribuindo assim com a diminuição da emissão de gazes ao meio ambiente. Serão beneficiadas as regiões do Cantão e do Jalapão, englobando dez municípios, sete deles tocantinenses (Mateiros, São Félix, Ponte Alta do Tocantins, Rio da Conceição, Lagoa da Confusão, Pium e Caseara) e três piauienses (Corrente, Bom Jesus e Baixa Grande do Ribeira).
De acordo com o presidente do Naturatins, Alexandre Tadeu, o projeto será desenvolvido em um prazo de três anos e, além de criar um plano de combate e prevenção às queimadas, também irá buscar alternativas para substituição do fogo no manejo. “Serão desenvolvidas aços de capacitação que beneficiarão toda a comunidade”, disse ele.
Segundo o diretor de Departamento do MMA, Francisco Oliveira, essa é a primeira vez que um bioma fora da Amazônia recebe esse tipo de investimento. O diretor afirmou que o plano assegura o aprimoramento do monitoramento de incêndios, a compra de equipamentos, a capacitação de brigadistas, a disseminação de conhecimento e a implantação de uma base operativa na Estação Ecológica Serra Geral. “A intenção é preservar as funções do Cerrado, sendo que uma delas é a de sumidouro de carbono”, falou ele.
O secretário do MMA, Carlos Augusto Klink, destacou que o “Projeto Jalapão” faz parte do Projeto Nacional contra Mudanças Climáticas. “Nós trabalhamos em três vertentes e uma delas é a de que grande parte das emissões de gazes são causados pela transformação dos biomas. E nós descobrimos que podemos impedir grande parte dessas mudanças”, explicou ele, completando que o país precisa reduzir até 36% das emissões de gazes previstas para 2020.
O representante do Banco Mundial da Alemanha, Hubert Eisele, disse que a escolha do Tocantins foi estratégica. “O Cerrado é um Bioma que não recebe muitos investimentos na área ambiental, como tem a Amazônia, e o Tocantins foi beneficiado porque tem se preocupado em utilizar de forma sustentável o Bioma Cerrado, inclusive este Estado foi um dos pioneiros no sistema de baixo carbono”, completou. (Secom)