Através de uma iniciativa que tem tido o apoio e respaldo da comunidade, a Polícia Civil em Araguatins, tem incentivado os detentos que cumprem pena na Cadeia Pública do município, a confeccionarem peças de artesanatos e utensílios variados com a finalidade de gerar renda e ocupar o tempo ocioso deles no cárcere.
Produtos como bolsas, bonés, porta-retratos, porta joias, cofres, cestas de frutas e demais utensílios tem sido produzidos por aproximadamente sete detentos de forma ininterrupta há mais de um ano. Após ficarem prontos, são disputados por membros da comunidade Araguatinense que os tem adquirido cada vez mais.
Segundo a dona de casa Jeruza da Silva Santos, saber que seu filho, mesmo preso, tem sido capaz de produzir peças “maravilhosas” e ganhar o seu dinheiro de forma honesta é muito importante tem sido motivo de muito orgulho, pois, de acordo com ela, isso prova que o rapaz de 22 anos e preso há quatro, tem plenas condições, quando terminar de cumprir sua pena, de ser reintegrado à sociedade.
“Ele não sabia fazer artesanato quando estava em liberdade, portanto foi uma grande surpresa descobrir que ele aprendeu a fazer as peças aqui e que esse processo tem tido total apoio dos policiais civis da delegacia. Eu acho melhor que faça alguma coisa para ocupar a mente, do que simplesmente ficar aqui à toa pensando coisas ruins”, concluiu dona Geruza.
O delegado Regional Carlos Alberto Teixeira de Castro, vê uma ótima oportunidade para que os detentos possam adquirir novas habilidades e ainda ganhar algum dinheiro com isso. “Toda a ação que tem por finalidade melhorar a qualidade de vida do preso e de seus familiares é muito bem vinda e sempre terá total respaldo da 10ª Regional de Polícia, porque é fundamental tentar reintegrar o preso à sociedade”, ressaltou o delegado Carlos Alberto.
Além renda e da ocupação do tempo, a produção das peças representa incentivo aos demais detentos para que eles também possam ver na iniciativa uma forma de se sentirem úteis, descobrir habilidades e quando estiverem livres, aplicar os conhecimentos em um negócio próprio ou prestar serviços a outras pessoas.
De acordo com o delegado Wlademir Costa Oliveira, um dos incentivadores da nova atividade dos presos, é essencial que o poder público apoie e auxilie a ação. “O trabalho realizado por eles é fundamental para o processo de ressocialização, já que os mantém ocupados, possibilitando auferir renda para ajudar suas famílias”, concluiu o delegado.
Para o Diretor interino da Cadeia Pública de Araguatins, agente Mérison Nascimento esse é um trabalho para a reinserção do reeducando ao convívio da sociedade. “É louvável a atitude dos presos de se envolverem em alguma atividade que lhes proporcione a sensação de serem produtivos e ao mesmo tempo saber que eles não perderam a capacidade de criar, aprender e se reinventar”, destacou o diretor. (Ascom SSP)