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Cultura

O filme “Girimunho”, de Helvécio Marins e Clarissa Campolina, estreia no Cine Cultura Sala Sinhozinho nesta sexta-feira, 05, na sessão das 19 horas. O longa vem de uma grande temporada de sucesso em festivais de todo o mundo. Foi exibido em Veneza, Toronto, San Sebastian, Mar Del Plata, Nantes, Roterdã, no Moma de Nova York e no Festival de Havana. 

O argumento de “Girimunho”.é assinando por Helvécio Marins Jr, que desde meados do ano 2000 pesquisa os personagens da região do sertão mineiro. Produzido pela Teia Produções e a Dezenove Som e Imagens, o filme traz de forma poética o cotidiano de personagens simples no coração do Brasil. 

O cinema popular de Palmas funciona de quarta a domingo e está localizado no Espaço Cultural José Gomes Sobrinho. 

Programação do Cine Cultura de 05 a 07 de outubro 

17 horas – Histórias que só existem quando lembradas

19 horas – Girimundo

21 horas - Antônio Conselheiro, o taumaturgo do sertão 

Entrada: quarta a sexta, R$ 4,00 (meia para todos) e sábado e domingo R$ 8,00 inteira e R$ 4,00 a meia. 

Girimunho

No sertão mineiro, onde o tempo parece andar ao ritmo do rio, duas senhoras acompanham o girar do redemoinho. Bastú acaba de perder o marido Feliciano e sem choro busca abrigo nos sinais do dia a dia e em suas lembranças. Mas é na liberdade dos sonhos e nas novidades trazidas pelos netos que ela faz sua própria transformação. Maria carrega em seu tambor a alegria e força de seu povo. Seu batuque ecoa os sons de outros lugares e marca a presença daquilo que não pode morrer. Neste universo onde a tradição é surpreendida pela novidade e a realidade pela invenção, pequenos movimentos podem fantasiar o correr da vida. 

Antônio Conselheiro, o taumaturgo do sertão

O longa se desenvolve seguindo duas linhas: a do sagrado ou apostolado, e a da campanha militar. A confluência dessa narrativa se dá no reencontro dos mitos do Cel. Moreira Cezar e do Antônio Conselheiro, o primeiro como Anticristo e o segundo como Iluminado. Em comum ambos têm a morte, que os transformou em mito no imaginário popular, tal como o Demônio e o Santo. Um vive pelo outro. Ambos morrem, mas o mito, atemporal, sobrevive. 

Histórias que só existem quando lembradas

Como todos os dias, Madalena faz pão para o armazém do Antônio. Como todos os dias ela atravessa o trilho, onde o trem já não passa há anos, limpa o portão do cemitério trancado, ouve o sermão do padre, e almoça junto com os outros velhos habitantes da cidade. Vivendo da memória do marido morto, Madalena é acordada por Rita, uma jovem fotógrafa que chega na cidade fantasma de Jotuomba, onde o tempo parece ter parado. 

O primeiro longa metragem de Julia Murat “Histórias que só existem quando lembradas” é o filme brasileiro com maior número de premiações internacionais nos últimos 10 anos, com 27 prêmios. (Com informações das assessorias de imprensa dos filmes)