Teve início nesta quinta-feira, 1º de novembro, a proibição à pesca nos rios e lagos do Estado do Tocantins em virtude da Piracema, período em que os cardumes sobem os cursos d´água para desova e reprodução das espécies.
A
restrição busca impedir a prática da pesca de modo que não prejudique o
equilíbrio biológico e a manutenção dos estoques pesqueiros. O período de
defeso, que segue até 29/02/2013, é fixado em legislação federal.
A Piracema, em torno da qual está embutida campanha de conscientização pela
preservação da fauna pesqueira e de seu habitat natural, os rios e demais
mananciais, não será muito diferente das de anos anteriores. É o que destacou
em entrevista coletiva à imprensa na tarde desta quinta-feira, o presidente do
Naturatins – Instituto Natureza do Tocantins, Alexandre Tadeu Rodrigues, quanto
ao papel do órgão e da Cipra – Companhia Independente de Polícia Rodoviária e
Ambiental. Ele adianta que haverá “campanha publicitária” divulgando os
procedimentos permitidos e não permitidos às pessoas para a pesca de
complemento alimentar, amadora, esportiva nos rios de domínio do Estado e da
União, além dos lagos e lagoas.
A expectativa de Alexandre Tadeu é que este ano ocorra menos apreensão de material no período, mas, mais pela conscientização que entende que a população vem adquirindo, ante a necessidade de garantir a sobrevivência dos cardumes e, por extensão, da garantia de alimentação humana.
Portaria
Por seguir normativa dos ministérios da Pesca e Aquicultura e do Meio Ambiente, dispondo sobre o período de defeso na Bacia Araguaia-Tocantins, o Governo do Estado baixa portaria regulamentando ações, a exemplo dos anos anteriores. No caso, as diligências serão realizadas pela Diretoria de Fiscalização e Qualidade Ambiental – Dfisq, por meio das 16 Unidades Regionais da pasta, distribuídas no Estado.
Mortandade nos lagos das UHEs
O presidente do Naturatins, Alexandre Tadeu Rodrigues, disse durante a entrevista à imprensa que deverá ser realizado na Capital do Tocantins, ainda sem data prevista, um seminário para estudar as causas e os impactos que vêm resultando na mortandade milhares de toneladas de peixes abaixo das barragens construídas no Estado. A avaliação vale tanto para o ocorrido no ano passado no lago da UHE Estreito, sob gestão do consórcio Ceste, como pelas duas ocorrências (a última semana passada) no lago da UHE Lajeado, sob responsabilidade do consórcio Investco.