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Polí­tica

Foto: Divulgação

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O vereador Aurismar Cavalcante (PSDB), ao lamentar a morte do delegado de Polícia Federal, Edward Neves Duarte, ocorrida nesta última segunda-feira, 19, após uma suposta tentativa de assalto, defendeu na Câmara de Palmas, na sessão desta terça-feira, 20, o armamento da população. “Como se pode defender o desarmamento começando pelo cidadão de bem?”, indagou. Para ele, o desarmamento deve começar pelos bandidos. “Se o camarada mete bala num delegado da Polícia Federal, imagine em nós!”, disse o vereador. 

O vereador Lúcio Campelo (PR) também manifestou preocupação com a “onda de insegurança” e considerou ser o crack um dos responsáveis pela atual situação. Para ele, é necessária uma ação mais ostensiva para combater o problema. 

Plano diretor

O vereador Carlos Braga (PMDB) falou nesta terça-feira, 20, sobre a revisão do Plano Diretor de Palmas e sobre a posição de algumas pessoas que consideram que os atuais parlamentares não deveriam votar mais nada que afete a cidade. “Primeiro, gostaria que as pessoas que falam sobre a Câmara e a Prefeitura tivessem, pelo menos, respeito ao nosso mandato, que só termina em 31 de dezembro”, afirmou, lembrando que a Casa tem, ainda, a responsabilidade de votar diversos projetos, antes do término da legislatura, inclusive a Lei Orçamentária Anual  (LOA).

Carlos Braga citou multinacionais com interesse em se instalar em Palmas e lembrou que a criação da Área de Influência das Rodovias já havia sido aprovada em 2007, exatamente para atender esses empreendimentos. Na época, recebeu veto do prefeito Raul Filho (PT) por falta de acordo sobre a metragem. 

Destacou que o limite de 700 metros, agora aprovado pela Câmara, não atinge os mananciais nem as áreas de preservação permanente. “Estamos possibilitando a instalação de grandes empreendimentos que, até então, não tinham onde ficar.”

O vereador Milton Neris (PR) também abordou o Plano Diretor. Citou o fato de as propostas de mudança terem sido debatidas em audiências públicas às quais o Ministério Público Estadual (MPE), embora convidado, não compareceu. Considerou “infeliz” a colocação de um dos integrantes do MPE sobre o trabalho da Câmara, como se os vereadores não mais estivesse aptos a exercer sua função.

Para ele, a Câmara nem precisava fazer audiência pública para delimitar a Área de Influência das Rodovias, mas, mesmo assim, decidiu realizá-las. “A delimitação não garante a aprovação de nenhum empreendimento. Isto quem aprova é o Executivo”.

Já o vereador Bismarque do Movimento (PT) quer que os vazios urbanos cumpram a sua função social. Defende ser importante, por exemplo, desapropriar algumas áreas centrais. “Se expandirmos, vamos aumentar o custo econômico de Palmas”, avaliou. O petista destacou, também, que a população é a favor de regularizar muitas áreas, inclusive o Santo Amaro.