Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Polí­tica

Foto: Divulgação

Parlamentares de quatro comissões da Câmara dos Deputados cobraram do ministro interino de Minas e Energia, Marcos Zimmermann, explicações detalhadas sobre os últimos apagões que afetaram Estados brasileiros, entre os quais, o Tocantins. A audiência ocorrida nesta última quarta-feira, 28, é uma solicitação do membro-titular da Comissão de Minas e Energia, deputado federal Ângelo Agnolin (PDT).

Desde o fim do mês de setembro, o Brasil sofreu mais de cinco apagões de grande proporção: Entre eles, dois no Centro-Oeste, nos dias 4 e 19 de outubro, e outro no dia 25 que atingiu nove estados do Norte e Nordeste, entre eles, o Tocantins. Somados os desligamentos de médio porte, o número de cortes sobe para 14 - na média, é quase um corte a cada dois dias.

Em audiência, Zimmermann afirmou que houve falhas técnicas nos cinco maiores apagões e que, para evitar novas interrupções, o governo criou um protocolo de segurança que será assinado pelas próprias concessionárias. Dessa forma, passariam a checar os procedimentos técnicos umas das outras. Esse foi um dos pontos abordados pelo deputado. Ele sugeriu maior rigor e fiscalização quanto à manutenção da estrutura do setor elétrico como forma de evitar novas falhas.

Sobre esse quesito, o ministro se mostrou preocupado com o apagão que acometeu principalmente as regiões Norte e Nordeste, que atingiu parte do Tocantins, e que foi ocasionado por um incêndio em uma chave conectora na subestação de Colinas do Tocantins. Zimmermann explicou que, na ocasião, os técnicos responsáveis pela manutenção no sistema deixaram de proceder testes básicos e que a própria manutenção foi mal executada. “Nós mandamos uma equipe para inspecionar e tomar as providências para resolver a questão”, relatou.

A intensificação das avaliações do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, a criação de um grupo de trabalho criado pelo Ministério para revisar o Contrato de Gestão e Restruturação do Plano de Metas junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o esforço concentrado por parte dos setores responsáveis por regular o sistema, compõem a série de medidas que estão sendo adotadas pelo governo. “Precisamos ter regras claras e uma ação forte; cada empresa que quer se chamada de ‘concessionária do sistema elétrico’, terá que cumprir as exigências”, finalizou Zimmerman.

Alguns deputados foram unânimes em reconhecer que as constantes causas das falhas (sobrevoltagem, curto-circuito, queimas de transformadores etc.) são imprevisíveis; no entanto, a frequência com que o sistema nacional de transmissão tem registrado blecautes, indica sérios problemas que precisam ser urgentemente solucionados.

Ao concluir sua participação como requerente, Agnolin reiterou que essas interrupções causam prejuízos incalculáveis em todos os setores, e, quase sempre penalizam o consumidor. “É evidente que ninguém deseja que esses apagões se repitam – aliás, ninguém deseja sequer que eles houvessem ocorrido. Porém ocorreram, e é preciso que seja analisado e solucionado com responsabilidade e transparência,” concluiu. (Assessoria de Imprensa)