Após publicação no Diário Oficial do Estado, a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) dá início ao processo de captação de recursos para a instalação do Wêku – Museu Vivo do Povo Krahô, no município de Itacajá. O prédio que irá abrigar o museu já foi cedido pela Prefeitura do Município e o prazo previsto em lei para a captação de verbas é de um ano, prorrogável por mais um, conforme explicou a diretora o Departamento de Patrimônio Material e Imaterial da Secult, Joana Euda Barbosa.
A criação do Museu teve como base a Lei de Incentivo à Cultura, conhecida como Lei do Mecenato. De acordo com a diretora da Secult, a meta, a partir da publicação da portaria que autoriza a captação de recursos, é iniciar o contato junto a empresários para viabilizar a instalação do museu. “Além disso, estamos esperando a publicação do edital da Petrobrás, ao qual nos inscrevemos”, disse.
A coordenadora informou ainda que a criação do Museu é uma parceria entre Governo do Estado, Prefeitura de Itacajá e a Etnia Krahô, que contribuiu com consultoria sobre arte e cultura da aldeia e principais beneficiados com o novo centro cultural. A diretora destacou que haverá um espaço dedicado exclusivamente para que os indígenas possam vender os produtos feitos por eles. “O Estatuto dos Museus averba que todos os museus necessitam gerar renda, neste caso, tanto para o povo retratado, como para a população ao redor”, frisou.
O museu
Com edifício cedido pela Prefeitura de Itacajá, o Wêku – Museu Vivo do Povo Krahô tem projeto que valoriza as características físicas e culturais do povo Krahô. “A ideia é como se a pessoa estivesse entrando em uma aldeia Krahô. Com o formato circular e as divisões contendo as informações sobre o povo”, completou.
Além disso, o pesquisador Dodani Krahô, formado pela Universidade Federal de Goiás e cacique da Aldeia Manoel Alves, será o responsável por levantar o acervo e produzir textos referentes à etnia indígena da região. “Nós teremos também um pesquisador daqui de Palmas, porque queremos fazer um trabalho de integração cultural”, salientou Joana. (ATN)