O empresário Luciano Rosa Valadares afirmou ao Conexão Tocantins que há um clima de rivalidade entre alguns revendedores de postos de gasolina em razão da abertura de novos postos na capital que tem um dos combustíveis mais caros do Estado. O empresário, que é sócio em um grupo que administra quatro postos conta que o consumidor é quem acaba pagando mais pela falta de concorrência. “ Em Palmas são emplacados 800 carros por mês quase 10.000 carros ano, com a quantidade de postos instalada vamos logo pagar R$ 4,00 na gasolina se nada for feito”, afirmou ao Conexão Tocantins.
Segundo Luciano, o segmento continuará regulamentando o preço enquanto não houver concorrência. Questionado sobre fato de municípios vizinhos de Palmas como Porto Nacional e Lajeado terem preço bem abaixo que o da capital ele conta que o motivo é justamente a falta de concorrência. “Um posto pra ter viabilidade precisa vender 150.000 litros e tem posto em Palmas que vende acima de 500.000 litros por mês”, revela.
Para o empresário, não há motivos para não abrir novos postos. Ele defende que se alguém foi beneficiado de forma irregular deve ser punido. O empresário chegou a ser citado na Ação do Ministério Público que argumenta que teria como sócio-oculto o ex-vereador Ivory de Lira mas ele nega a sociedade.
Segundo informou o Sindiposto ao Conexão Tocantins são cerca de 40 postos de gasolina na capital. Conforme pesquisa nesta sexta-feira com relação aos presos a variação na capital é de menos de 1% de um posto para o outro. Em postos do Centro da cidade o preço é de R$ 3,12 enquanto que em outras regiões é preciso encontrar o valor do litro a R$ 3,09.
Saindo de Palmas o combustível já cai para a casa dos R$ 2 reais. Em Luzimangues o valor da gasolina é de R$ 2,98 e em Porto Nacional o consumidor consegue encontrar o combustível por R$ 2,70. Em Paraíso o valor médio é de R$ 2,85 e em Miracema a gasolina sai por R$ 2,92.
A polêmica em torno dos postos de gasolina, conforme o Conexão Tocantins mostrou esta semana, culminou em ação protocolada no Tribunal de Justiça por 11 proprietários de postos que pedem o cancelamento de áreas que tiveram a alteração de uso do solo para postos de combustíveis na gestão do ex-prefeito Raul Filho. Além da ação, o Ministério Público Estadual, que chegou a ser acionado pelo próprio Sindiposto, investiga possíveis irregularidades nos atos e decretos que concederam alterações de uso de solo bem como favorecimento de pessoas ligadas ao ex-prefeito e também ex-vereadores.
Raul Filho, por sua vez, reafirmou que gostaria de ter autorizado a abertura de mais postos para, segundo ele, acabar com o cartel que existe na capital. Segundo o prefeito, o consumidor fica refém da falta de concorrência.