Depois de cair a ficha de toda a festa da massa atleticana, gostaria de manifestar o meu profundo e sincero repúdio ao Paulo Morsa, comentarista da Band, por falar que o Galo é cavalo paraguaio, e ao Oscar Caríssimo Netto, presidente do Olímpia que, além de empatar totalmente a vida do Galo no Paraguai, falou que o Galo era um time sem tradição.
Ao Morsa, nem preciso falar muito. Ele disse em alto e bom tom no programa mixuruca da Bandeirantes, Jogo Aberto, onde ninguém sabe o que fala, que o Galo nada mais era do que um grande cavalo paraguaio. E completou dizendo que o Diego Tardelli era o centroavante e o segundo atacante era o Jô, e mais; que não havia condição de ser campeão. Esse realmente “entende bem de futebol!" pois, na ocasião, o centroavante era o Jô e o atacante era o Tardelli ao lado do Bernard. Cuca dispensa comentários. Técnico que montou o São Paulo que por muitas vezes foi campeão de diversas competições e que até pouco tempo usava o mesmo estilo de jogo que ele implantou. Jô quebrou a marca do jogador mais novo a vestir uma camisa profissional aos 16 anos no Corinthians, atuando também no CSKA Moscou, Manchester City, Everton, Galatasaray, Internacional, Seleção Olímpica e Seleção profissional (onde foi o jogador que teve o melhor aproveitamento por tempo de jogo). Tardelli que já foi campeão da Taça Libertadores marcando inclusive, gol na final contra o Atlético PR em 2006. Depois de uma campanha desta na Taça Libertadores, você, Morsa, só tem que se calar, respeitar, e chupar! Porque aqui é Galo!
E Caríssimo, Caríssimo... "chora, não vou ligar. Chegou a hora, vais me pagar, pode chorar... É o seu castigo, brigou comigo sem ter porque. Vou festejar o seu sofrer o seu penar". Sem tradição Caríssimo? O Galo tem 105 anos, o melhor CT de trinamento do Brasil, conhecido como a Cidade do Galo, e quinto melhor do mundo.
O Galo também tem recorde de público em 2006, com mais de 87 mil atleticanos no Mineirão (na segunda divisão, diga-se de passagem), campeão de público em dez das 38 edições do Campeonato Brasileiro (1971, 1977, 1990, 1991, 1994, 1995, 1996, 1997, 1999, 2001), recorde de maior renda da história do futebol brasileiro arrecadando R$ 14.176.146,00 (mais de 14 milhões), recorde de público no futsal, entre muitos outros.
O Galo estava desde 1971 sem ganhar nenhum título significativo, enquanto o Olímpia, com todos esses títulos, não tem nem um terço disto. Acredito, assim, que na sua vasta ignorância, você tenha confundido tradição com títulos, e isso realmente a massa atleticana não tinha. Mas nós temos uma tradição muito mais valiosa do que a tradição 'alimentada' por títulos. Nossa tradição é passada de pai para filho. Um amor incondicional, que, a cada ano sem conquista, só alimentou nosso carinho pelo Clube Atlético Mineiro, que é muito mais do que uma Taça Libertadores, e sim, o maior amor que podemos ter!
*Allan Gomes Ramos de Souza é membro da Galotins, torcida organizada do Clube Atlético-MG no Tocantins