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Estado

Arrastões com redes e abastecimento de caminhões por parte de pescadores profissionais de outros estados no Rio Tocantins na região de Guaraí continuam sendo alvo de reclamações por parte de moradores da comunidade “Beira do Rio” que vivem da pesca. O principal argumento da colônia de pescadores é que eles estão prejudicados pela pesca predatória já que a atividade é a principal fonte de renda e alimentação. “São vários caminhões por dia que eles tiram de peixe de lá, além de várias redes e arrastões. Nós estamos revoltados. Eles vão acabar com os peixes”, desabafou um dos líderes dos pescadores em contato com o Conexão Tocantins nesta quarta-feira, 14.

Os representantes da colônia de pescadores informaram ao Conexão Tocantins que são vários caminhões baú e dezenas de barcos todos os dias e alegam inércia por parte do Naturatins e da Polícia Ambiental na fiscalização da pesca predatória. “Já procuramos várias vezes a Polícia Ambiental mas eles não tomam nenhuma providência”, alega o líder dos ribeirinhos.

A Polícia Ambiental já informou que a pesca é regular e que o órgão não pode impedir já que os pescadores profissionais são devidamente credenciados. O Naturatins disse ao Conexão Tocantins que as denúncias sobre pesca ilegal no Rio Tocantins, próximo à cidade de Guaraí foram atendidas pela Unidade Regional de Pedro Afonso, com o apoio da Polícia Militar, entre os dias 18 a 21 de julho de 2013.

“Durante a fiscalização a equipe constatou que a pesca é efetuada por colônias de pescadores profissionais dos estados do Tocantins e Maranhão devidamente credenciadas. Na ocasião também foram realizadas as conferência das cargas de pescado e verificadas que estão de acordo com os tamanhos permitidos. Observou-se ainda que os métodos adotados estão dentro do que prevê a Instrução Normativa Interministerial nº 13 de outubro de 2011 da Secretaria da Pesca e Aquicultura, deste modo, não há impedimento para tal prática em Rio Federal”, informou o órgão em nota.

Combate

Em entrevista ao Conexão Tocantins o Superintende regional da pesca e Aquicultura no Tocantins, Guilherme Vaz afirmou que o órgão pretende acompanhar a fiscalização por parte do Naturatins e da Polícia Ambiental. Ele ressaltou que a superintendência não pode fiscalizar mas tem ações específicas para combater a pesca predatória. “Temos vários locais onde a pesca deveria ser preservada e há pesca predatória. Temos que fazer um combate a este tipo de pesca, este é um problema que temos que encarar de frente”, disse. Ele contou ainda que a deficiência de estrutura  em alguns órgãos deve ser um dos motivos que impedem a fiscalização.

A Superintendência está visitando as colônias de pescadores e a maior reclamação é com relação à pesca predatória.

A pesca predatória com autorização dos órgãos de Estado é altamente agressiva com o meio ambiente e traz consequências desastrosas, podendo limitar a produtividade pesqueira tanto ponto de vista biológico como econômico.