Cansados de esperar uma posição da prefeita de Buriti do Tocantins, Rúbia Rodrigues Amorim, para implantação do PCCR e recebimentos dos pagamentos de salários atrasados, inclusive do mês de dezembro de 2012, os servidores municipais da saúde realizaram uma grande manifestação nas principais ruas da cidade nesta quinta-feira, 19, com o intuito de reivindicar seus direitos.
A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Tocantins acompanhou todo o evento e convocou uma Assembleia Geral Extraordinária que aconteceu logo após a manifestação. Na ocasião, os servidores deliberaram uma greve no dia 7 de outubro próximo, caso a prefeita não se manifeste até um dia antes desta data para implantação do PCCR e pagar o retroativo desde o mês de março, data que o plano deveria ter sido implantado.
Na Assembleia também foi definido pelos servidores que o Sintras elabore uma proposta para apresentar a gestão com as seguintes: Sendo elas pagamento do salário atrasado do mês de dezembro em duas parcelas iguais e sucessivas; Nomear imediatamente a Comissão de Gestão implantação da saúde enviada pelo Sintras visando dar celeridade ao processo; Implantar o PCCR Lei 079/2012 em 1º de janeiro de 2014, com recebimento já no dia 1º de fevereiro de 2014.
As outras demandas que devem ser pontuadas na proposta são a inclusão das progressões horizontais; Divisão do retroativo de março a dezembro em 10 parcelas iguais e sucessivas; e ainda a Inclusão das progressões verticais por titulação no mês de julho de 2014 com as parcelas retroativa, referente a esta progressão, divididas em quatro parcelas iguais e sucessivas.
Após a conclusão da proposta o sindicato vai protocolar na prefeitura, imediatamente, e aguardar uma contraproposta da gestora por escrito e de forma clara e concisa, como foi definido pelos servidores na assembleia.
PCCR
A Lei 079/2012 do Plano de Cargos Carreira e Salários, que já foi sancionada e aprovada, é fruto de mais de três anos de negociação da diretoria do SINTRAS-TO com a gestão municipal. O que falta agora é só a implantação do mesmo para que os servidores possam ter seus direitos garantidos.
Segundo informações, a gestora não quer implantar o plano devido não ter participado da criação da referida Lei. “Isso é motivo de orgulho, e não podemos deixar que os trabalhadores da saúde do município sejam prejudicados por causa dos outros”, ressalta o presidente do Sintras, Manoel Pereira de Miranda.
Todas essas pendências, o Sintras vem tentando durante reuniões e conversas via telefone com a prefeita Rúbia Amorim e em nenhum momento ela demonstrou interesse em solucionar os problemas definindo uma proposta plausível e aceitável pela categoria, segundo alega o Sindicato. Além disso, ela não teria apontado nenhuma garantia que o PCCR será implantado ainda nesta gestão.
Para o presidente, Manoel Miranda, o Sintras sempre esteve pronto para discutir e solucionar os problemas. “Sempre estivemos aberto ao dialogo, mas até agora não recebemos da prefeita nenhuma proposta concreta, possível de ser aceita pela categoria. Continuamos abertos ao diálogo visando chegar a um acordo possível para ambos os lados”, frisou o presidente.
Ele acrescenta ainda que tudo que está acontecendo é por que a gestão não tem compromisso com a saúde e nem com servidores em saúde do município.
O Conexão Tocantins tentou contato com a prefeita mas não obteve sucesso. O espaço continua aberto para manifestação da gestora sobre o assunto.
(Com informações do Sintras)