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Economia

Foto: Divulgação

O Tocantins deverá ter áreas de exploração de gás natural. O Estado foi inserido no 12º leilão da Agência Nacional de Petróleo (ANP), referente à exploração de campos de gás natural nas bacias dos rios São Francisco e Parnaíba. Ao todo, quatro lotes passam por municípios do Tocantins e abrem a possibilidade de o Estado receber grandes companhias do setor, fortalecendo a economia da região.

A 12ª rodada de leilões, da qual o Tocantins está inserido, faz parte de uma série de licitações que o governo federal vem promovendo para a exploração de gás natural e petróleo em diversas bacias sedimentares. Ao todo, os setores de gás natural, incluindo os lotes que fazem parte do pacote a ser leiloado em novembro, ocupam áreas nos estados da Bahia, Maranhão, Piauí, Goiás, Minas Gerais, além do Tocantins. Os dois estados com maior parte os lotes são Bahia e Maranhão.

Dos 69 lotes delimitados para a 12ª rodada de leilão do governo federal, quatro são localizados ou passam pelo Tocantins. Da bacia do São Francisco, existem dois lotes, que passam pelos municípios de Novo Alegre, Combinado e Aurora do Tocantins, na região Sudeste. Já pela bacia do Parnaíba, existem dois lotes no município de Campos Lindos: um inteiro e outro na divisa com a Bahia.

De acordo com o presidente do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), Alexandre Tadeu, os impactos econômicos da inclusão do Tocantins na rodada de leilões serão sentidos a médio e longo prazo. Conforme Tadeu, a partir do resultado do leilão e conhecidos os vencedores, estudos mais aprofundados devem ser realizados para definir exatamente o volume de gás em cada lote e a maneira de exploração. “São investimentos de longo prazo, mas que precisam ser iniciados. A partir do resultado, as empresas vencedoras vão precisar de mão de obra desde a fase de estudos”, frisou.

Segundo o gestor, contudo, análises preliminares da ANP já apontaram um volume satisfatório de gás natural nas bacias do São Francisco e do Parnaíba. Na primeira, são cerca de 4,3 trilhões de pés cúbicos, enquanto a segunda possui algo em torno de 9 trilhões de pés cúbicos de gás natural, o que, de acordo com Tadeu, animou os investidores. “São volumes preliminares, que podem aumentar. Mas mesmo assim, os investidores presentes no seminário ficaram animados”, completou, citando o encontro promovido pela ANP na última semana com representantes dos Estados envolvidos para definir questões de licenciamento ambiental para estudo e exploração de gás natural. 

Na ocasião, Alexandre Tadeu frisou que não existem empecilhos para a instalação de empresas nas localidades dos lotes no Estado. “Nós informamos que nas áreas não existem regiões de proteção na modalidade permanente, nem tampouco a possibilidade de inserção”, afirmou. (ATN)