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Polí­tica

Foto: Divulgação

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O Encontro Estadual do Democratas, ocorrido na tarde desta última quinta-feira, 03, no auditório da Assembleia Legislativa do Tocantins superou as expectativas de participação de deputados estaduais, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e demais lideranças tocantinenses, segundo a presidente estadual do partido, deputada federal Professora Dorinha Seabra Rezende.

“Atingimos o nosso objetivo é marcar nossa presença, nossa força e congregar com os diversos candidatos para as eleições de 2014”, disse.

O evento contou com as presenças do governador Siqueira Campos (PSDB), o líder do Democratas na Câmara, deputado Ronaldo Caiado, que falou sobre reforma política e do vice-governador João Oliveira que, na ocasião, anunciou a sua volta para o partido.

O vice-governador disse que volta ao Democratas como um filho volta para casa por amor à família. “Este partido é de liberdade, de todos aqueles que desejam estar em uma legenda que olha para o povo e não para quem olha apenas para si. Meu projeto é ajudar o governador Siqueira Campos a terminar o seu mandato fazendo o Tocantins crescer e se desenvolver, dar oportunidade ao povo com emprego e renda. Nós queremos um Tocantins bom para todos. Volto com satisfação e alegria porque aqui sou bem tratado e porque fui eleito vice-governador pelo Democratas”, afirmou.

Professora Dorinha destacou que é com grande orgulho que o democratas recebe de volta o vice-governador no partido. “Ele (João Oliveira) foi eleito pelo Democratas e para nós é muito bom ter em nosso time uma pessoa com um histórico político de bastante trabalho e temos certeza que a sua presença contribuirá significativamente no fortalecimento do partido”, disse.

Caiado parabenizou os integrantes do partido pelo trabalho de fortalecimento do Democratas no Tocantins, afirmou ao vice-governador que ele é bem vindo, assim como ele foi na primeira vez que se filiou,  e destacou a atuação da Professora Dorinha na Câmara dos Deputados. “É uma mulher que sabe trabalhar e tem competência e conteúdo para o debate dentro do Congresso Nacional”, afirmou.

Reforma Política

No encontro, o deputado Ronaldo Caiado falou sobre reforma política que, segundo ele, é um tema polêmico e tem maior extensão do que a reforma do sistema eleitoral. “Não existe nenhum sistema eleitoral que seja perfeito e o nosso já exauriu e tem construído muito mais escândalos e CPI’s do que governabilidade e estabilidade para a estrutura política brasileira”, pontuou.

O líder disse ainda que há uma preocupação em relação à decisão do Supremo Tribunal Federal em “credenciar cada parlamentar a ser dono do seu tempo de televisão e fundo partidário”. Segundo o deputado, isso criou uma proliferação incontrolável de partidos políticos no Brasil. “Nós temos a perspectiva de criarmos 513 partidos no Brasil. Temos hoje a condição de cada deputado federal de, amanhã, numa dissidência qualquer, criar o seu partido político e ele passaria a ter também o seu tempo de rádio, tv e o seu fundo partidário e isso está distorcendo e cada vez a nossa política e mais dificuldade da população se identificar com alguma sigla partidária”.

Caiado destacou que o momento hoje é a responsabilidade de resgatar a credibilidade dos partidos junto à sociedade brasileira. “Hoje em dia as redes sociais têm mais prestigio que os partidos políticos. Precisamos fazer uma reflexão do que estamos vivendo”, disse.

O parlamentar listou alguns possíveis avanços que a política poderá sofrer com a reforma como:

O processo do fim da reeleição, com mandato único de cinco anos; o fim das coligações das eleições proporcionais, onde cada partido tenha a responsabilidade de acrescentar a sua chapa formadora de deputados federais e estaduais; cláusula de desempenho ou barreira,  onde cada partido do final da eleição tenha que comprovar à sociedade que tem voto. “Ele não pode apenas ser um partido que tem os benefícios, com seu tempo de rádio e televisão, mas na hora que se apresenta com seus candidatos, tem voto para eleger, no mínimo, cinco parlamentares em cinco estados e ter no mínimo 2% de voto distribuído nos estados”.

Outra perspectiva de avanço citada pelo deputado é a possibilidade da implantação do voto distrital, onde cada candidato tenha a sua região de sua maior atuação politico partidária.

“De qualquer forma, é preciso modificar a maneira de se fazer política no Brasil. O poder financeiro não pode ser o fator determinante de uma campanha eleitoral, mas ser exatamente a condição do candidato de se colocar para a sociedade sem marketing excessivo, para que ela possa avaliar por conta própria se esse candidato terá condições de governar ou representar bem o povo na casa de leis”.