Em votação 53% dos Empregados do Banco da Amazônia recusaram a proposta feita pela instituição financeira de reajuste salarial de 8%, o mesmo valor proposto pela FENABAN (Federação Nacional dos Bancos) aos funcionários das empresas privadas. O fato aconteceu na noite dessa terça-feira, dia 22, nas cidades de Palmas, Araguaína e Gurupi.
Apesar de recusar a proposta, os empregados optaram por retornar ao trabalho a partir dessa quarta-feira, dia 23, depois de 34 dias em greve. Para os empregados a recusa funciona como uma forma de repúdio a proposta apresentada e a falta de valorização dos bancários.
Com a nova proposta, em cláusulas específicas, os bancários receberiam no mês de dezembro a PLR – Participação nos Lucros e Resultados – no valor de R$ 500,00, mas posteriormente, poderiam ter o valor debitado de suas contas, caso o Banco considerasse que seus lucros insuficientes para essa divisão. O que não dá nenhuma garantia para os empregados.
Outra proposta feita pelo Banco é diminuir em 15% o pagamento do Plano de Saúde; Equiparar os salários dos supervisores de agência com os da matriz. Além disso, o banco prometeu ainda que, caso a proposta fosse aceita, dentro de dois anos, seria implementado o Plano de Cargos e Salários.
Para o presidente do Sindicato dos Bancários do Tocantins, Crispim Batista Filho, essa foi à oportunidade dos empregados demonstrarem que estão cansados de propostas fracas que desrespeitem os trabalhadores. “Os bancários precisam ser mais valorizados. Diante do lucro e do resultado que esses trabalhadores dão aos bancos e a sociedade eles merecem mais que uma PLR minguada. Como é possível apresentar uma proposta para dividir os lucros, já apresentando a possibilidade de estornar o dinheiro de volta? Merecemos respeito!” desabafou.
Apesar dos bancários do Tocantins não aceitarem a proposta, o que valerá de fato é a votação da maioria das bases sindicais do Banco da Amazônia. A decisão oficial, de recusa ou aceitação, será divulgada amanhã, dia 23/10, depois de contabilizado todos os votos espalhados pelo Brasil.