A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou na manhã desta quarta, 6, Requerimento da senadora Kátia Abreu (PMDB) para que sejam prestados esclarecimentos, no Senado da República, sobre as aplicações do Igeprev do Tocantins. O requerimento foi apresentado, lido e aprovado na sessão desta quarta-feira, da CAE.
O Senado deve convocar nos próximos dias o secretário de Relações
Institucionais e ex-presidente do Conselho de Administração do Igeprev, Eduardo
Siqueira Campos, o diretor de Combate ao Crime Organizado da Polícia
Federal, Roberto Cicliatti Troncon Filho, o diretor do Departamento dos Regimes
de Previdência no Serviço Público, do Ministério da Previdência Social,
Otoni Guimarães e o presidente da Comissão de Valores Mobiliários, Leonardo
P. Gomes Pereira. A CAE do Senado deve convocar, também os conselheiros do
Tribunal de Contas do Estado, Doris Coutinho e Herbert Carvalho e os
presidentes do Sindicato dos Servidores Estaduais (Sisepe), Cleiton Pinheiro e
dos Trabalhadores na Saúde (Sintras), Manoel Pereira de Miranda. A
informação é da assessoria da senadora Kátia Abreu
Na sua justificativa, a senadora Kátia Abreu discorre sobre os desdobramentos
da Operação Miquéias, da Polícia Federal que apresentou fartas provas de que
uma organização criminosa aliciava prefeitos e gestores de Regimes Próprios da
Previdência Social. Segundo apontou a senadora em seu requerimento, as provas
colhidas pela Policia Federal demonstram a existência de uma parceria firmada
entre os responsáveis pela direção do Igeprev e os chefes da organização
criminosa desbaratada pela Policia Federal .
A senadora cita, ainda, que, com um fundo de caixa de R$ 2,5 bilhões, a administração do Igeprev aplicou R$ 500 milhões em fundos que não são administrados por bancos de primeira linha.
De 2010 a 2012, há aplicações em quatro fundos indicados pela quadrilha chefiada pelo doleiro Faiyed, que totalizaram R$ 271 milhões. Em dois meses, as aplicações feitas em fundos indicados pela empresa do doleiro deram um prejuízo ao Igeprev de R$ 70 milhões. Além do mais, o Igeprev aplicou R$ 298 milhões nos Bancos BVA e Rural, liquidados pelo Banco Central, aumentando o prejuízo do fundo de aposentadoria dos servidores do Tocantins.