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Estado

Foto: Aldemar Ribeiro

Foto: Aldemar Ribeiro

O município que nasceu e se desenvolveu as margens da BR-153 completou 55 anos nesta última quinta-feira, 14. A cidade Gurupi, conhecida como a Capital da Amizade, tem de mais de 80 mil habitantes, muitos atraídos por um dos pontos fortes da cidade: a localização estratégia para novas oportunidades de investimento.

Com empreendimento direcionado a obras verticais, elaboração de projetos, incorporação, construção e vendas, o arquiteto João Paulo Tavares está no mercado tocantinense há dez anos. Ao analisar os clientes em potencial e a tendência de verticalização de Gurupi, a previsão é que dentro de um ano a empresa dele, que já ganhou espaço no mercado da Capital, comece a atuar também no município.  “Nosso foco são os apartamentos para atender a demanda de uma população que precisa de residência numa localização privilegiada. As cidades do interior têm um potencial muito grande, só em Gurupi temos 12 clientes ativos”, conta o empresário.

De acordo com a Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), desde a implantação da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim), há cerca de um mês, 14 empresas foram abertas só no município. Trata-se de um sistema integrado que permite a abertura, fechamento, alteração e legalização de empresas em todas as Juntas Comerciais do Brasil, o que simplifica procedimentos e reduz a burocracia.

Para atrair novos negócios e empresas para o estado, o Tocantins hoje oferece um dos melhores leques de incentivos fiscais do País, contando com 11 modalidades que disponibilizam, entre outros benefícios, reduções tributárias e facilidades para instalação e manutenção do empreendimento. Um desses programas, o Prologística, reduz a carga tributária final estadual do ICMS, além de desonerar também toda a fase anterior de produção.

Outro incentivo do governo do Estado está na oferta de infraestrutura para os empresários que chegam ao Tocantins. Na região sul, o Parque Industrial de Gurupi (PAIG) recebe atenção especial dos governos do Estado e município com incentivos fiscais e doação de áreas como parte da política de atrativos para novos empreendimentos, que aliados a logística são fatores positivos ao escoamento da produção.  “O governador já autorizou um recurso importante para o nosso Distrito Industrial. Estamos vivendo um momento muito bom, com a chegada de grandes empresas de varejo. Estamos trabalhando e com bons resultados”, disse o prefeito de Gurupi, Laurez Moreira.

Logística estratégica

Por Gurupi passam as BRs 153 e 242, que estão entre as mais importantes rodovias de integração nacional. A BR-153 é hoje a principal da ligação do sul e sudeste do País com a região amazônica e também por parte do nordeste brasileiro.

Já a BR-242, que liga Gurupi à Bahia, corta todo o sudeste do Tocantins. É uma via importante para conexão do Brasil aos países vizinhos como a Bolívia e Peru. O cruzamento destas vias em Gurupi coloca o município como um dos mais importantes centros do transporte multimodal brasileiro.

Isso também por conta da Ferrovia Norte-Sul, que conta com um Pátio Multimodal no município, em pleno funcionamento. Para a região, representa um impulso a economia local, com geração de emprego e renda.  Pelo sul do Tocantins também irá passar a Ferrovia Leste-Oeste, ligando Ilhéus, na Bahia, a Figueirópolis, no Tocantins. A nova linha férrea percorrerá ao todo 1.500 quilômetros, com zona de influência dos municípios baianos e tocantinenses.

Para o agronegócio, o posicionamento estratégico da cidade facilita o escoamento da produção e incentiva novos negócios. Em 2013, foram plantados 850 mil hectares, como o agronegócio.  Área praticamente três vezes maior do que a plantada no Estado em 2006, que era de 290 mil hectares.

Oportunidades

Baseada na viabilidade logística e no potencial para o agronegócio é que a empresa de máquinas e implementos agrícolas onde Fabrício Garzone é gerente de vendas, foi atraída para Gurupi. “A aposta foi o aumento da área da lavoura e pecuária. Tanto pela questão geográfica estratégica, como também pela capacidade de crescimento. O desenvolvimento veio, e conseguimos acompanhar, tanto é que inauguramos a matriz aqui”, enfatizou.

No setor da pecuária, o Sistema de Produção Integrada (SPI) é um dos grandes empreendimentos que atuam no segmento de produção integrada de carne como unidade terminadora de animais. O SPI oferece oportunidade de mercado aos produtores da região e maior rentabilidade aos investidores com um sistema de confinamento bovino, uma nova opção de negociação na pecuária.

No mesmo segmento, a Cooperativa de Produtores de Carnes e Derivados (Coorperfrigu) há 17 anos impulsiona o desenvolvimento econômico da região, ao promover a comercialização de produtos bovinos e seus derivados.  Com uma média diária de abate de 300 cabeças, a cooperativa emprega 600 pessoas e, com a atual estrutura, pode exportar para 130 países. Rússia, Egito e Hong Kong são seus principais importadores.