Único representante do Partido Social Democrático (PSD) na Assembleia Legislativa do Tocantins, o deputado estadual Toinho Andrade, teria sofrido pressões de vários lados durante a tramitação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), aprovada na noite desta quarta-feira, 20. O parlamentar tem uma ligação forte com a Senadora Kátia Abreu (PMDB), ex-presidente regional do PSD e ex-aliada do governo do Estado, que agora na oposição vem criticando a gestão de Siqueira Campos (PSD). Por outro lado Toinho tem votado com a base do governo e nas palavras de alguns deputados tem ligações com o grupo palaciano.
Nesse cenário Toinho era o fiel da balança e estaria sendo pressionado por Kátia para votar junto com a oposição e aprovar o orçamento impositivo e sendo pressionado pela base do governo para votar contra a emenda. Toinho tenha em suas mãos a capacidade de decidir a aprovação ou a rejeição da proposta.
Fato é que, na conjectura desenhada, Toinho se viu entre a “cruz e a espada”, sem querer perder o apreço do Palácio e de Kátia Abreu, ele saiu à francesa do cenário e alegando uma virose não compareceu às últimas sessões na Assembleia Legislativa. Sem o desempate, oposição e governo tiveram que se acertar do jeito que dava e aprovaram um orçamento impositivo, que não impõe nada de obrigação quanto ao pagamento das emendas, um orçamento de expectativa de emendas.
