A expectativa de vida dos brasileiros subiu para 74,6 anos e taxa de mortalidade infantil diminuiu entre 2011 e 2012. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2011, a esperança de vida ao nascer era de 74,08 anos e a taxa de mortalidade infantil em 2012 foi de 15,7 óbitos de menores de um ano para cada mil nascidos vivos. Em 2011, essa taxa chegou a 16,4.
Idosos
No Tocantins, os idosos representam 8,67% da população total, com 119.856 pessoas que tem mais de 60 anos. Destas, 62.524 são homens e 57.332 mulheres. É o caso da dona Antolina Anjos Oliveira que aos 61 anos, mantém uma vida intensa. “Eu pensava que depois que me aposentasse eu ia ter uma vida tranquila e calma, mas depois que me aposentei é que minha vida ficou mais ativa. Estou estudando, viajo com os meus colegas representando a universidade [UFT] dentro do Brasil e fora também, trabalho aos finais de semana e até reencontrei um namorado de 25 anos atrás”, relata dona Antolina.
O governo do Tocantins tem capacitado profissionais da saúde e cuidadores de idosos para darem tratamento diferenciado às especificidades do idoso. “O Estado tem buscado capacitar profissionais da saúde e também de outras áreas que desenvolvem ações com a pessoa idosa. Nós capacitamos, principalmente, os profissionais da estratégia de saúde da família, dos núcleos de apoio à saúde da família. Capacitamos também os cuidadores das instituições de longa permanência dos idosos, mais conhecidos como abrigo, e os profissionais das instituições hospitalares”, explica a assessora direta da Área Técnica de Saúde do Idoso da Secretaria de Estado de Saúde (Sesau), Wanira Brito Soares.
Wanira conta ainda que a Sesau tem realizado visitas aos municípios dando assessoria técnica aos profissionais que trabalham com os idosos e que há um trabalho de fomento junto às Secretarias Municipais de Saúde para criar grupos de idosos, trabalhando, além do cuidado e tratamento do idoso, com a prevenção. Como é o caso da Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa, preenchida pelos agentes de saúde. Nela, o paciente terá registrado informações importantes sobre sua saúde, tais como controle de peso, glicemia e medicação utilizada. “Através de capacitação nós levamos até as secretarias municipais de saúde e aos profissionais de saúde a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa, com a finalidade de introduzir nos municípios a caderneta. Pois ela traz informações sobre as condições sociais, pessoais e de saúde. Constam também as principais doenças, as medicações que ela usa, informações sobre a imunização, saúde bucal e atividades sobre a vida diária do idoso” exemplifica Wanira.
Mortalidade infantil
Na busca pela redução da morbimortalidade infantil, o governo do Tocantins tem aderido a todos os planos, políticas e programas propostos pelo governo federal. “O Plano pela Redução da Mortalidade Infantil preconiza uma redução da mortalidade infantil em 5% ao ano, a partir do qual foram implantadas/implementadas, de forma integrada com o Ministério da Saúde (MS), diversas ações com vistas à atenção integral à saúde das crianças e consequente redução da morbimortalidade infantil. Em 2011, adesão à Rede Cegonha, com o objetivo de implementar a linha de cuidados materno-infantil”, destaca o técnico da Área Técnica Saúde da Criança/ Sesau, José Fernandes da Silva.
Conforme Fernandes, ações específicas vêm sendo implantadas e implementadas pelo Estado do Tocantins e têm contribuído para a diminuição das taxas dos indicadores de mortalidade infantil e materna, tais como: o fortalecimento e ampliação da Rede Cegonha, fortalecimento da rede de atenção integral a mulheres, crianças e adolescentes; ampliação do acesso ao planejamento reprodutivo; ampliação e melhoria do acesso aos serviços de obstetrícia e neonatologia no Estado; implantação e expansão do Programa de Estratégia de Saúde da Família e do Núcleo de Apoio ao Saúde da Família (NASF) dentre outros.
O conceito de atenção humanizada envolve um conjunto de conhecimentos, práticas e atitudes que visam a promoção do parto e do nascimento saudáveis e a prevenção da morbimortalidade materna e perinatal. No Hospital e Maternidade Pública Dona Regina, em Palmas, o atendimento humanizado se tornou referência a outras unidades de saúde. Monique Aguiar, de 24 anos, teve o segundo filho no Dona Regiona no último dia 29 de novembro. Após o parto cesariano, Monique permanece no Hospital recebendo cuidados da equipe médica, de enfermagem e da psicologia. "Fiz todo o acompanhamento do pré-natal, foi muito importante. Fiquei muito fragilizada após o parto, ser bem assistida evita ter outras complicações", diz a mãe. Nos últimos 10 anos, o Tocantins reduziu em 28,07% a taxa de mortalidade infantil (menores de um ano). O número caiu de 28,5 mortes por mil crianças nascidas vivas, em 2000, para 20,5 óbitos por mil nascidos vivos em 2010.