O Senado realiza audiência na Comissão de Assuntos Econômicos para discutir a situação do Igeprev do Tocantins. Há suspeitas de que o órgão tem um rombo de cerca de meio milhão.
O representante do ministério da Previdência Social, Otoni Guimarães começou dizendo que o que se observou ao longo do tempo é que a estrutura de gestão relativamente é bem feita no Igeprev. “O que foi percebido é que na pratica não se cumpria o que estava nas normas”, disse. Ele relatou uma das primeiras auditorias no órgão quando se detectou operações de compra e venda de títulos do tesouro nacional. “É uma forma de fazer com que o dinheiro do público vá para o particular”, disse ao frisar que a intenção seria mascarar a evasão de recursos do órgão. Entre 2007 e 2008 houve um possível desvio de R$ 25 milhões no Igeprev do Tocantins. "Naquele caso houve consequências em processo judicial”, disse.
Conforme o diretor o Igeprev não possui equipe para análise de investimentos de risco. Sobre a Operação Miqueias e possíveis desdobramentos e envolvimentos no Igeprev do Tocantins ele frisou : “Não afirmamos em nenhum momento que houve roubo, desvio ou ação criminosa dos gestores”, ponderou.
Em Julho de 2013 foi identificado pelo Ministério uma perda de R$ 153 milhões podendo variar a mais ou menos em investimentos. O diretor recomendou que o Igeprev tente recuperar as perdas pela via judicial.
A senadora Katia Abreu (PMDB) perguntou ao diretor se ele teve contato com um dos responsáveis pela política de aplicações do Igeprev durante oito gestões de presidentes do órgão, Edson Santana Matos.Ele respondeu que teve contato com ele “Sempre demonstrou ter propriedade sobre o assunto”, disse ao frisar que o cargo dele era previsto em lei. Edson, que foi demitido recentemente, é citado nas investigações da Operação Miqueias.
"A PF está investigando este cidadão e em algumas escutas ele é chamado de professor e aparece como mentor da quadrilha", disse a senadora.
O presidente do Conselho de Administração do Instituto, secretário de Administração, Lucio Mascarenhas, o presidente do órgão, Rodrigo Oliveira e o procurador Geral do Estado André Luiz de Matos participaram da audiência.