Com uma série de ações, a Secretaria Estadual de Saúde do Tocantins (Sesau) aderiu à campanha do Ministério da Saúde (MS) – “Hanseníase Tem Cura”. A proposta é conscientizar a população sobre a existência da doença e a disponibilidade do tratamento oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por meio das unidades básicas de saúde dos municípios. A campanha foi oficialmente lançada na ultima terça-feira, 14, pelo Ministério da Saúde.
A Sesau, como parte da programação para 2014, ainda em janeiro, convidará os municípios para uma mobilização do dia mundial da Luta contra a hanseníase, que é lembrado no domingo, 26. Nos dias 11 e 12 de fevereiro, a Sesau realizará o VI Seminário Estadual de Hanseníase, no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Palmas. O evento irá trazer palestrantes de renome nacional e será direcionado aos profissionais de saúde do Estado.
A gerente do núcleo de hanseníase da Sesau, Isabel Monici, informa que também serão realizadas campanhas nas escolas. “O objetivo é disseminar informações sobre a doença para professores e alunos, bem como ampliar a detecção precoce e a redução do estigma e discriminação entre a comunidade”, pontua. Os municípios interessados em participar dessa divulgação educativa, poderão entrar em contato com a área técnica da hanseníase da Sesau.
Dados
De acordo com o Ministério da Saúde, a taxa de prevalência da hanseníase caiu 65% nos últimos 10 anos. No Tocantins, em 2013, foram notificados 856 casos (dados parciais) tendo 88% de cura para os que buscaram tratamento.
Hanseníase
A hanseníase é uma doença causada pelo bacilo de Hansen, o Mycobacterium leprae: um parasita que ataca a pele e nervos periféricos, mas pode afetar outros órgãos como o fígado, os testículos e os olhos. Não é, portanto, hereditária.
Com período de incubação que varia entre três e cinco anos, sua primeira manifestação consiste no aparecimento de manchas dormentes, de cor avermelhada ou esbranquiçada, em qualquer região do corpo. Placas, caroços, inchaço, fraqueza muscular e dor nas articulações podem ser outros sintomas.
Com o avanço da doença, o número de manchas ou o tamanho das já existentes aumenta e os nervos ficam comprometidos, podendo causar deformações em regiões, como nariz e dedos, e impedir determinados movimentos, como abrir e fechar as mãos. Além disso, pode permitir que determinados acidentes ocorram em razão da falta de sensibilidade nessas regiões.
Esta doença é capaz de contaminar outras pessoas pelas vias respiratórias, caso o portador não esteja sendo tratado. Entretanto, segundo a Organização Mundial de Saúde, a maioria das pessoas é resistente ao bacilo e não a desenvolve. Aproximadamente 95% dos parasitas são eliminados na primeira dose do tratamento, já sendo incapaz de transmiti-los a outras pessoas. Este dura até aproximadamente um ano e o paciente pode ser completamente curado, desde que siga corretamente os cuidados necessários. Assim, buscar auxílio médico é a melhor forma de evitar a evolução da doença e a contaminação de outras pessoas. (Ascom Sesau))