Um dos nomes ventilados para disputar o governo no Estado, procurador federal Mario Lucio Avelar concedeu entrevista ao Conexão Tocantins onde falou de seus planos políticos e das articulações junto ao PSB para tentar ser o nome do partido na disputa no Tocantins. O primeiro desafio de Avelar é driblar a direção estadual do PSB que é aliada do Palácio Araguaia. O procurador tem até abril para decidir em qual partido vai se filiar.
Segundo ele informou as conversas para sua possível filiação e candidatura se dão junto à direção nacional da legenda. “ As conversas continuam, ontem mesmo teve conversa nesse sentido. Queremos uma segurança partidária para construir este projeto em prol do Tocantins”, disse.
Avelar admitiu que conversou esta semana com o presidente regional do partido, o prefeito de Gurupi, Laurez Moreira. “Tive um contato breve com ele e espero que possamos caminhar junto mas as conversas são no âmbito nacional”, frisou. Nos bastidores é cogitada a possibilidade de intervenção no PSB com o intuito de viabilizar o nome de Avelar.
Segundo o procurador, caso não dê certo viabilizar o projeto junto ao PSB ele terá uma segunda alternativa. “Vou buscar outras vertentes próximas dessa linha de um projeto de mudança que possa restabelecer a moralidade e interesse público no Estado”, frisou.
A possibilidade de Avelar disputar o governo com base nesse discurso de combate à corrupção já repercute nas várias tendências do Estado.O procurador chegou a ser chamado de paraquedistas por alguns aliados do governo mas rebateu tal argumento. “Não sou paraquedista, sou eleitor do Estado há 18 anos, tenho uma relação com o Estado. Sou alguém que quer construir um projeto que não é de natureza pessoal e sim com o propósito de resgatar valores”, argumentou.Ele morou no Estado de 1993 a 2003.
O nome de Avelar na disputa já é defendido por alguns setores de oposição como o deputado estadual Sargento Aragão do Pros que é a favor de uma composição com o procurador.
Questionado pelo Conexão Tocantins sobre o principal problema que o Tocantins passa no momento Avelar disse que falta ética e moralidade no Estado. “ É um estado que a corrupção é uma coisa extremamente presente”, disse.
Terceira via
O procurador elogiou o grupo político chamado de terceira via formado pelo PP, PT, PCdoB e PSL. “É a única que é uma candidatura autêntica que não tem compromisso de nenhuma natureza com as forças que governam e as que já governaram o Tocantins”, avaliou.
Mário Lúcio é uma das figuras mais polêmicas do Ministério Público Federal (MPF). Desde 1996, ano que ingressou no órgão, por onde passou (São Paulo - São José do Rio Preto -, Tocantins, Distrito Federal e agora Mato Grosso) deixou vários desafetos em razão de sua atuação