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Saúde

Foto: Divulgação

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Acidentes no trânsito que resultam em mortes e lesões aumentam a demanda e os custos para o Sistema Único de Saúde (SUS), que impactam no atendimento da rede pública e demanda numa maior aplicação orçamentária. Os gastos do SUS estão direcionados não só ao tratamento e ao atendimento do paciente, mas também na prevenção e promoção da saúde.

Em todo o mundo, 1,3 milhão de pessoas morrem por causa de acidentes de trânsito. Outros 50 milhões sobrevivem com sequelas, é o que afirma a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Estimativas do Ministério da Saúde (MS) apontam que os homens são as principais vítimas de acidentes, e respondem, atualmente, por 78,3% do total do número de internações. No Hospital Geral de Palmas (HGP), 70% das ocorrências graves são provenientes de acidentes de trânsito, a principal causa acidentes com motociclistas, cerca de 80% do número total de acidentados.

Quem faz parte desta estatística é Márcio Batista, 39 anos, vigilante em Araguaína. “Retornando do trabalho, uma senhora entrou no lado que estava, fui tentar desviar para não bater nela e cai, meu joelho bateu no meio fio. Causou essa quebra em vários locais, rompeu o ligamento”, relatou sobre o acidente que aconteceu há um ano e sete meses.

Batista fez a primeira cirurgia no HGP, mas teve rejeição. Há três meses está internado após a segunda cirurgia, um longo período de dor e angústia, que para ele serviu de lição. “É preciso ter mais atenção, para que não venha acontecer com outras pessoas o que ocorreu comigo”, disse emocionado.

Por falha mecânica em seu automóvel, o motorista Gerson Mendes da Silva, 46 anos,  sofreu um acidente em Arraias, sudeste tocantinense. “Perdi o controle e cai numa ribanceira. Tinha que ter dado mais atenção ao veículo, porque ele já vinha com problemas, facilitei e deixei acontecer, podia ter parado antes e não parei”, ponderou.

Custos ao Estado

As despesas com um paciente politraumatizado, isto é, com várias fraturas inclusive de crânio, comum nos motociclistas, ficam em torno de R$ 2 mil a R$ 2,5 mil a cada três dias de internação normal, sem uso da média e alta complexidades que o HGP dispõem como UTI e Centro Cirúrgico. Para o paciente que precisa destes serviços, o valor fica entre R$ 3,6 mil a R$ 4 mil, ao levar em consideração o mesmo tempo de internação.

“Essas pessoas não têm proteção, porque são eles os próprios para-choques. As lesões envolvem fratura de perna, braço, coluna e eventualmente um trauma torácico ou craniano, dependendo da gravidade do acidente. Da parte ortopédica, o maior índice são os motociclistas, realmente”, ratificou o ortopedista, Helton Stecca, coordenador de Ortopedia do Hospital.

Segundo o setor de faturamento do HGP, o aumento é constatado em função do valor da diária da UTI e dos exames de alta complexidade como a ressonância magnética, tomografia e outros, que dão suporte às equipes de médicos especialistas envolvidos no atendimento do politraumatizado. Outro fator predominante no aumento, diz respeito aos honorários médicos, já que se trata de um paciente que requer um atendimento multiprofissional.