“Palmas tem potencial para nos próximos 25 anos ser uma cidade reconhecida mundialmente como cidade sustentável”, disse o representante da L&H Corporation, Jung Jae Ho, sobre uma das suas primeiras impressões da Capital palmense durante encontro com o prefeito de Palmas, Carlos Amastha, nesta quinta-feira, 03. Além dos representantes da empresa coreana, especializada em planejamento urbano, estão na Capital integrantes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), para essa reunião de trabalho do projeto Iniciativa Cidades Sustentáveis (ICES).
O principal objetivo da ICES é lidar com desafios em cidades emergentes da América Latina e do Caribe. A meta do projeto é integrar a sustentabilidade ambiental e fiscal, o desenvolvimento urbano e a governabilidade. Por meio da parceria entre BID e Caixa Econômica Federal, a ICES espera promover o apoio a ações que proporcionem serviços básicos e garantam a proteção ao meio ambiente, bem como níveis adequados de qualidade de vida e emprego.
Segundo avaliação primária do representante da empresa coreana L&H Corporation, Jung Jae Ho, a Capital possui muitas potencialidades, principalmente sua natureza exuberante, e com visível capacidade de crescimento. “Os problemas existem, sim, mais ainda são bem menores que os potenciais, o que é necessário é realizar um bom planejamento e por em prática”, disse.
Ainda ressaltou que para que o processo seja realmente efetivado é necessário o envolvimento da sociedade. “Com todo o potencial de Palmas, e o envolvimento da sociedade, Palmas tem tudo para se transformar em uma referência mundial num futuro muito próximo”, ressaltou Jung.
Sinergia
O gerente da Caixa Econômica Federal, Francisco Otaviano Amaral, ressalta que o órgão está patrocinando uma equipe de consultores das diversas áreas do conhecimento para subsidiar a Prefeitura para elaborar diretrizes e planos de ações nas demandas sociais, como transporte, saúde, habitação, educação, etc. “Existe uma sinergia muito grande entre a Prefeitura de Palmas e a Caixa no sentido de viabilizar a sustentabilidade da cidade que hoje é muito espalhada e que possui um custo muito alto de manutenção em relação à decorrência dos grandes vazios urbanos, por isso é necessário este esforço em conjunto para sanar estes problemas para promover o desenvolvimento e a sustentabilidade”, disse o gerente.
De acordo com a especialista sênior em Desenvolvimento Urbano e Saneamento do BID, Márcia Casseb, a instituição está buscando caminhos para a sustentabilidade. Segundo ela, o BID participa do processo em que junto com as cidades buscam avaliar quais são os problemas e priorizar as soluções para essas. “Trazer aqui a L&H Corporation, é um pouco de abrir caminhos para que Palmas conheça experiências internacionais de sucesso para o desenvolvimento urbano, mas vamos também identificar potenciais de investimentos da Capital para trazer mais desenvolvimento para a Cidade”, afirmou.
Para o prefeito Carlos Amastha, a Capital está passando hoje por um processo que ficará marcado na sua história, que segundo ele afirma será o pontapé do desenvolvimento local. “Eles estão aqui não apenas para destacar nossos potenciais, mas os problemas que devemos corrigir, e isto com planejamento ainda é possível de ser corrigido. Palmas hoje têm uma oportunidade histórica de construir um futuro sem cometer os erros das outras cidades brasileiras”, disse Amastha.
O gestor ainda ressalta a experiência da empresa que fará o diagnóstico, ressaltando que esta também vem de um país que passou por sérios problemas, e hoje é símbolo de desenvolvimento. “Esta empresa já vem no escopo do projeto que estamos desenvolvendo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e com a Caixa Econômica Federal. Eles já estão desenvolvendo um trabalho em João Pessoa que é uma das outras cidades que aderiram a este programa de cidades emergentes e sustentáveis. E as experiências que estão sendo desenvolvidas todos estes anos, o que colocou a Coreia do Sul num patamar de desenvolvimento, pode vir a ser aplicado em Palmas, ressaltou.
Além de Palmas, outras quatro cidades brasileiras aderiram a ICES, sendo elas: Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Vitória (ES) e Florianópolis (SC) (Secom Palmas)