O Programa Melhor em Casa do Ministério da Saúde está em fase de implantação no Hospital Geral de Palmas (HGP). A atenção domiciliar consiste numa modalidade de atenção à saúde substitutiva às já existentes, que visa atender pessoas com necessidade de reabilitação motora, idosos, pacientes crônicos sem agravamento ou em situação pós-cirúrgica, em domicílio, com garantia de continuidade de cuidados integrada às redes de atenção à saúde.
O “Melhor em Casa” é composto por equipes multidisciplinares, formadas prioritariamente por médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e fisioterapeuta. No HGP farão parte também como apoio profissional de fonoaudiólogo, nutricionista, odontólogo, psicólogo, assistente social e farmacêutico.
O HGP iniciará o programa atendendo 20 pessoas, que serão avaliadas pela equipe multiprofissional de acordo com os critérios e condições de inclusão como preconiza o Programa Melhor em Casa. Dentre essas normativas está a necessidade de que o paciente tenha: um cuidador seja ele familiar ou profissional que o acompanhe de forma continua no domicilio e que o mesmo resida na zona urbana do município de Palmas para ser acompanhado pelo programa.
Segundo a apoiadora local do Programa SOS Emergências/MS, Gleyd Chianca, a pactuação com a rede municipal de Palmas para implantação do programa ajuda a fazer a gestão do cuidado dos pacientes e realizar a articulação dos pontos de atenção de modo a ampliar a resolutividade e a integralidade do cuidado.
A coordenadora Geral da Atenção Domiciliar/MS, Debora Spalding Verdi, reforça que com a implantação do programa vai melhorar e ampliar a assistência no SUS a pacientes com agravos de saúde, que possam receber atendimento humanizado, em casa, e perto da família. “O serviço terá que ter a retaguarda da Atenção Básica e o suporte da Rede Hospitalar de Urgências e outros serviços”, explica.
Nos próximos dias a equipe do HGP e a equipe multiprofissional estarão trabalhando no processo de avaliação dos pacientes, de acordo com os critérios e condições de inclusão como preconiza o Programa Melhor em Casa.
Após o início do programa as visitas das equipes aos pacientes serão regulares, cuja frequência será definida conforme o estado clínico de cada paciente. “Outro dado importante é que o paciente também seguirá critérios para alta do Programa, ao ser desligado a equipe estabelecerá contato com a equipe de saúde do município de Palmas para traçar plano de atendimento pela equipe do PSF, coordenador Melhor em Casa do HGP”, explica Samuel Pereira.
Experiências de sucesso
No Brasil, existem diversos serviços médicos domiciliar implantados em Belo Horizonte (MG), Betim (MG), Uberlândia (MG), Natal (RN), Salvador (BA), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Campo Grande (MT), Brasília (DF), Recife (PE), Manaus (AM), Campinas (SP), São Bernardo do Campo(SP), Marília (SP), Ribeirão Preto (SP), Maringá (PR), Cascavel (PR), Linhares (ES), Volta Redonda (RJ) e Rio de janeiro (RJ).
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) e o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), administrados pelo Ministério da Saúde, já possuem serviços de atenção domiciliar. O Grupo Hospitalar Conceição (GHC), em Porto Alegre, também possui seu programa. (Ascom Sesau)
