O Ruraltins – Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins em parceria com a Federação Tocantinense de Apicultores (Fetoapi) e Associação Nordesta Reflorestamento e Educação, realizam de 26 a 28 de agosto (terça, quarta e quinta-feira) a Capacitação em Meliponicultura – criação de abelhas sem ferrão (ou abelhas indígenas).
O encontro acontecerá no auditório da Sede Central do órgão, em Palmas, das 8h às 18h. A iniciativa pretende desenvolver práticas agrícolas economicamente viáveis, ecologicamente sustentáveis e socialmente justas dentro dos conceitos de diversificação e melhor uso das terras do Tocantins. A capacitação é indicada para quem deseja iniciar a atividade ou para os criadores que pretendem aprimorar suas técnicas de manejo e conhecimentos sobre o assunto.
O curso será ministrado pelo Meliponicultor da Nordesta, José Mauro Souza, abordando temas como a Biologia das abelhas; inimigos naturais; causas do desaparecimento das abelhas; flora para meliponíneos; implantação de meliponários; principais manejos; coleta e conservação de mel; legislação e conteúdo prático.
Meliponicultura
A meliponicultura (criação racional de abelhas nativas) é pouco difundida no Brasil. No entanto, essas abelhas nativas são de fácil manejo e podem ser criadas em áreas rurais e urbanas, seja visando o lazer, educação ou uma criação comercial sendo um componente muito importante para o desenvolvimento de sistemas agroecológicos de produção adaptadas ao Tocantins, voltado principalmente para a agricultura familiar.
As abelhas sem ferrão são nativas e recebem esse nome por possuírem o seu ferrão atrofiado. Além de produzirem um delicioso mel (considerado medicinal) essas abelhas desempenham um papel fundamental como polinizadores, garantindo a sobrevivência de plantas nativas e cultivadas. Apesar da sua grande importância ecológica, muitas espécies de abelhas sem ferrão estão sendo dizimadas, seja pelo desmatamento e queimadas ou uso de agrotóxicos. (Ascom Ruraltins)