Em cinco dias, a operação Pró-consumidor, coordenada pelo Ministério Público Estadual (MPE), vistoriou 21 estabelecimentos comercias de Gurupi e apreendeu 2.657 quilos de carne, queijo e peixe impróprios para consumo ou sem nota fiscal. A ação ocorreu entre segunda, 15, e sexta-feira, 19.
O maior volume apreendido foi de pescado, totalizando 1.392 quilos, que estava sendo comercializado em uma peixaria sem nota fiscal. Contendo tucunaré, surubim, caranha, pirosca, jaú e outras espécies, o material foi doado para instituições sociais da cidade de Gurupi.
Já a carne (928 kg) e o queijo (304 kg) foram descartados no aterro sanitário do município à medida em que ocorria seu recolhimento do comércio, por serem considerados impróprios para consumo em decorrência de não possuírem origem definida: fabricante, data de fabricação, data de validade e selo de certificação sanitária para produtos de origem animal.
Entre a carne recolhida, predominou a linguiça, muitas vezes fabricada nos próprios estabelecimentos, que só podem beneficiar carne mediante autorização do órgão responsável, que em Gurupi é o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), vinculado à Secretaria Municipal de Produção.
Também foram retirados do mercado 37 quilos de carne e frios, entre outros produtos, por estarem expostos à venda em temperatura inferior à recomendada pelo fabricante, tendo comprometida sua conservação. O Procon, por sua vez, recolheu 838 unidades de produtos vencidos ou com embalagens avariadas.
As apreensões foram acompanhadas dos respectivos termos de notificação, que resultam em processos administrativos contra os estabelecimentos comerciais.
Participantes
A operação Pŕo-consumidor percorreu 18 supermercados, um açougue, uma peixaria e uma beneficiadora de carne. Participaram da força-tarefa as vigilâncias sanitárias do Estado e do Município, Procon, Serviço de Inspeção Municipal, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Companhia Independente de Polícia Militar Rodoviária e Ambiental (Cipra) e Secretaria Estadual da fazenda, sob a coordenação do Centro de Apoio Operacional do Consumidor, órgão auxiliar do Ministério Público Estadual. A ação ocorreu por solicitação da Promotora de Justiça Maria Juliana Naves, que atua na área do consumidor.