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Polí­tica

Dois projetos encaminhados pelo governador Sandoval Cardoso (SD) geram polêmica entre os parlamentares. Um deles propõe indenização de 25% aos servidores efetivos que exercem cargos de natureza especial de agente político (IENAP), a exemplo de secretário de Estado, secretário-chefe e diretor-geral da Assembleia Legislativa e outro prevê que sejam disponibilizados dois oficiais, um ajudante de ordem e um motorista para guarda pessoal dos ex-governadores.

O governo justifica indenização alegando ser uma contribuição pela “dedicação de tempo integral do agente político, pelo esforço e responsabilidade que não poderiam ser compensados apenas por meio de salários”, consta no projeto.

Para o deputado do PT, José Roberto Forzani os projetos não tem fundamento. “Eu sou radicalmente contra. Não se justifica esses tipos de coisa”, frisou. O petista frisou que ter sido governador não significa que o político tem que ter benefícios permanentes. Ele diz ter conversado com vários parlamentares sobre a proposta e chegou a uma conclusão: “ creio que não será aprovado”, disse.

O governista e presidente da Casa, Osíres Damaso (Democratas) disse ao Conexão Tocantins que na sua opinião o benefício deveria ter um tempo limitado. “Acho que PE favorável mas por um tempo limitado. Na verdade é um projeto polêmico e temos que discutir mais”, frisou.

Alguns parlamentares, como Sargento Aragão por exemplo, afirmam que ainda não analisaram o projeto.

Ex-governadores

Procurado pelo Conexão Tocantins o ex-governador Carlos Gaguim (PMDB) frisou que está fazendo uma análise do projeto que trata da segurança e fez alguns apontamentos. “ É preciso ver se tem em outros Estados e principalmente o custo disso. Para mim não faz diferença ter ou não ter”, frisou.

Ele disse ainda que não vai mover nenhuma palha para aprovar esse benefício e que isso fica à critério dos parlamentares. Gaguim aproveitou para frisar que defende benefícios para os policiais militares e que vai trabalhar para valorização da categoria e construção da Vila Militar.  “Em primeiro lugar tem que se preocupar com a valorização da segurança do Estado e ver a questão salarial dos policiais militares”, pontuou.

O ex-governador e prefeito Moises Avelino (PMDB) também ouvido pelo Conexão Tocantins disse que em alguns casos acha que pode até ser necessário mas que não sente falta desse benefício. “Nunca precisei disso e não está fazendo falta”, disse. Ele ponderou ainda que o Estado tem poucos ex-governadores por isso talvez não traga tanto impacto financeiro.